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VERSO 40

sa śarāsanam udyamya
mṛgayur vana-gocaraḥ
hanty asādhur mṛgān dīnān
veno ’sāv ity arauj janaḥ

saḥ — esse menino chamado Vena; śarāsanam — seu arco; udyamya — tomando; mṛgayuḥ — o caçador; vana-gocaraḥ — indo à floresta; hanti — matava; asādhuḥ — sendo muito cruel; mṛgān — veados; dīnān — pobres; venaḥ — Vena; asau — eis aí; iti — assim; araut — lamentavam-se; janaḥ — todas as pessoas.

Após fixar seu arco e flecha, o menino cruel costumava ir à floresta e matar desnecessariamente veados inocentes. Onde quer que ele aparecesse, todas as pessoas se lamentavam assim: “Aí vem o cruel Vena! Aí vem o cruel Vena!”

SIGNIFICADO—Os kṣatriyas têm permissão de caçar na floresta com o objetivo de aprender a arte de matar, e não para comê-los ou para qualquer outro propósito. Os reis kṣatriyas às vezes se viam na obrigação de decepar a cabeça de algum criminoso no estado. Por essa razão, os kṣatriyas tinham permissão de caçar na floresta. Como esse filho do rei Aṅga, Vena, nascera de uma mãe ruim, ele era muito cruel e costumava ir à floresta para matar animais desnecessariamente. Todos os habitantes da vizinhança ficavam amedrontados com sua presença, e gritavam: “Vena está vindo! Vena está vindo!” Assim, desde o início de sua vida, os cidadãos se aterrorizavam com ele.

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