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VERSO 23

vena uvāca
bāliśā bata yūyaṁ vā
adharme dharma-māninaḥ
ye vṛttidaṁ patiṁ hitvā
jāraṁ patim upāsate

venaḥ — rei Vena; uvāca — respondeu; bāliśāḥ — infantil; bata — oh!; yūyam — todos vós; — de fato; adharme — em princípios irreligiosos; dharma-māninaḥ — aceitando como religioso; ye — todos vós que; vṛttidam — provendo a manutenção; patim — esposo; hitvā — abandonando; jāram — amante; patim — esposo; upāsate — adoração.

O rei Vena respondeu: Vós não sois em nada experientes. É muito lamentável que estejais defendendo algo que não é religioso e aceitando-o como religioso. Na verdade, acho que estais abandonando vosso verdadeiro esposo, que vos mantém, e andais à procura de algum amante para adorá-lo.

SIGNIFICADO—O rei Vena era tão tolo que acusou os sábios santos de serem inexperientes como criancinhas. Em outras palavras, ele os estava acusando de não terem conhecimento perfeito. Dessa maneira, ele podia rejeitar o conselho deles e fazer acusações contra eles, comparando-os a uma mulher que não se importa com o esposo que a mantém, mas que procura satisfazer um amante que não a mantém. O objetivo deste símile é evidente. É dever dos kṣatriyas ocupar os brāhmaṇas em diferentes classes de atividades religiosas, e o rei é tido como o mantenedor dos brāhmaṇas. Se os brāhmaṇas não adoram o rei, mas, em vez disso, recorrem aos semideuses, eles são tão poluídos como mulheres incastas.

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