VERSO 3
ṛṣaya ūcuḥ
eṣa viṣṇor bhagavataḥ
kalā bhuvana-pālinī
iyaṁ ca lakṣmyāḥ sambhūtiḥ
puruṣasyānapāyinī
ṛṣayaḥ ūcuḥ — os sábios disseram; eṣaḥ — este homem; viṣṇoḥ — do Senhor Viṣṇu; bhagavataḥ — da Suprema Personalidade de Deus; kalā — expansão; bhuvana-pālinī — que mantém o mundo; iyam — esta mulher; ca — também; lakṣmyāḥ — da deusa da fortuna; sambhūtiḥ — expansão; puruṣasya — do Senhor; anapāyinī — inseparável.
Os grandes sábios disseram: O homem é uma expansão plenária do poder do Senhor Viṣṇu, que mantém todo o universo, e a mulher é uma expansão plenária da deusa da fortuna, que jamais se separa do Senhor.
SIGNIFICADO—Nesta passagem, menciona-se claramente a importância de a deusa da fortuna jamais estar separada do Senhor. As pessoas no mundo material gostam muito da deusa da fortuna, e querem o favor dela sob a forma de riquezas. Elas devem saber, entretanto, que a deusa da fortuna é inseparável do Senhor Viṣṇu. Os materialistas devem entender que a deusa da fortuna deve ser adorada juntamente com o Senhor Viṣṇu e não deve ser considerada separadamente. Os materialistas que buscam o favor da deusa da fortuna devem adorar o Senhor Viṣṇu e Lakṣmī juntos para manterem sua opulência material. Se um materialista adotar a política de Rāvaṇa, que queria separar Sītā do Senhor Rāmacandra, o processo de separação o destruirá. Aqueles que são muito ricos e receberam o favor da deusa da fortuna neste mundo devem utilizar seu dinheiro a serviço do Senhor. Dessa maneira, poderão continuar em sua posição opulenta sem perturbações.