VERSO 6
eṣa sākṣād dharer aṁśo
jāto loka-rirakṣayā
iyaṁ ca tat-parā hi śrīr
anujajñe ’napāyinī
eṣaḥ — esse menino; sākṣāt — diretamente; hareḥ — da Suprema Personalidade de Deus; aṁśaḥ — representante parcial; jātaḥ — nascido; loka — o mundo inteiro; rirakṣayā — com desejo de proteger; iyam — essa menina; ca — também; tat-parā — muitíssimo apegada a ele; hi — decerto; śrīḥ — a deusa da fortuna; anujajñe — nasceu; anapāyinī — inseparável.
Sob a forma do rei Pṛthu, a Suprema Personalidade de Deus aparece através de uma parte de Sua potência para proteger a população do mundo. A deusa da fortuna é a companheira constante do Senhor, em virtude do que encarna parcialmente como Arci para se tornar a rainha do rei Pṛthu.
SIGNIFICADO—Na Bhagavad-gītā, o Senhor diz que, sempre que alguém presenciar algum poder extraordinário, deverá concluir que uma representação parcial específica da Suprema Personalidade de Deus está presente. Embora haja inúmeras personalidades assim, nem todas elas são expansões plenárias viṣṇu-tattva diretas do Senhor. Muitas entidades vivas são classificadas entre os śakti-tattvas. Tais encarnações, dotadas de poder para propósitos específicos, são conhecidas como śaktyāveśa-avatāras. O rei Pṛthu era um desses śaktyāveśa-avatāras do Senhor. Do mesmo modo, Arci, a esposa do rei Pṛthu, era śaktyāveśa-avatāra da deusa da fortuna.