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VERSO 1

maitreya uvāca
iti bruvāṇaṁ nṛpatiṁ
gāyakā muni-coditāḥ
tuṣṭuvus tuṣṭa-manasas
tad-vāg-amṛta-sevayā

maitreyaḥ uvāca — o grande sábio Maitreya disse; iti — assim; bruvāam — falando; nṛpatim — o rei; gāyakāḥ — os recitadores; muni — pelos sábios; coditāḥ — tendo sido instruídos; tuṣṭuvuḥ — louvaram, satisfizeram; tuṣṭa — estando satisfeitas; manasaḥ — suas mentes; tat — suas; vāk — palavras; amṛta — nectáreas; sevayā — ouvindo.

O grande sábio Maitreya continuou: Enquanto o rei Pṛthu falava dessa maneira, a humildade de suas palavras nectáreas agradou muitíssimo os recitadores. Então, eles continuaram a louvar o rei imensamente, com excelsas orações, conforme haviam sido instruídos pelos grandes sábios.

SIGNIFICADO—Aqui, a palavra muni-coditāḥ indica instruções recebidas de grandes sábios e pessoas santas. Apesar de Mahārāja Pṛthu ter acabado de assumir o trono real e não estar nessa ocasião manifestando seus poderes divinos, os recitadores, como o sūta, o māgadha e o vandī, sabiam que o rei Pṛthu era uma encarnação de Deus. Eles puderam entender isso mediante as instruções que lhes deram os grandes sábios e brāhmaṇas eruditos. Temos que entender as encarnações de Deus através das instruções de pessoas autorizadas. Não podemos inventar um Deus com nossa própria imaginação. Como afirma Narottama Dāsa Ṭhākura, sādhu-śāstra-guru: todas as questões espirituais devem ser postas à prova segundo as instruções de pessoas santas, das escrituras e do mestre espiritual. O mestre espiritual é aquele que segue as instruções de seus predecessores, a saber, os sādhus, ou pessoas santas. Um mestre espiritual fidedigno não menciona nada que não tenha sido mencionado nas escrituras autorizadas. Pessoas comuns devem seguir as instruções dos sādhus, do śāstra e do guru. As afirmações feitas nos śāstras e as feitas pelo sādhu ou guru fidedigno não podem diferir umas das outras.

Recitadores como o sūta e o māgadha estavam confidencialmente cientes de que o rei Pṛthu era uma encarnação da Personalidade de Deus. Embora o rei negasse esses louvores porque, naquela ocasião, não manifestava suas qualidades divinas, os recitadores não pararam de louvá-lo. Ao contrário, ficaram satisfeitíssimos com o rei, que, apesar de ser realmente uma encarnação de Deus, era muito humilde e agradável em seus relacionamentos com os devotos. A esse respeito, observe-se que anteriormente (4.15.21) se mencionou que o rei Pṛthu sorria e estava de bom humor enquanto falava aos recitadores. Assim, é preciso que aprendamos com o Senhor ou Sua encarnação a como nos tornarmos amáveis e humildes. O comportamento do rei agradou muito os recitadores, em consequência do que os recitadores continuaram a louvá-lo e inclusive predisseram as atividades futuras do rei, conforme foram instruídos pelos sādhus e sábios.

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