VERSO 25
eṣa sva-sadmopavane sametya
sanat-kumāraṁ bhagavantam ekam
ārādhya bhaktyālabhatāmalaṁ taj
jñānaṁ yato brahma paraṁ vidanti
eṣaḥ — este rei; sva-sadma — de seu palácio; upavane — no jardim; sametya — encontrando-se; sanat-kumāram — Sanat-kumāra; bhagavantam — o adorável; ekam — sozinho; ārādhya — adorando; bhaktyā — com devoção; alabhata — ele alcançará; amalam — sem contaminação; tat — este; jñānam — conhecimento transcendental; yataḥ — pelo qual; brahma — espírito; param — supremo, transcendental; vidanti — gozam, conhecem.
Esse rei Pṛthu encontrará com Sanat-kumāra, um dos quatro Kumāras, no jardim de seu palácio. O rei o adorará com devoção e terá a fortuna de receber instruções pelas quais é possível gozar de bem-aventurança transcendental.
SIGNIFICADO—A palavra vidanti refere-se àquele que conhece algo ou goza de algo. Goza da vida quem é devidamente instruído por um mestre espiritual e entende a bem-aventurança transcendental. Como se afirma na Bhagavad-gītā (18.54), brahma-bhūtaḥ prasannātmā na śocati na kāṅkṣati. Quem alcança a plataforma de Brahman não anseia nem se lamenta, senão que realmente compartilha de gozo transcendental e bem-aventurado. Muito embora o rei Pṛthu fosse uma encarnação de Viṣṇu, ele ensinou às pessoas de seu reino a receber instruções de um mestre espiritual que represente a sucessão discipular. Assim, uma pessoa pode tornar-se afortunada e gozar de vida bem-aventurada mesmo dentro deste mundo material. Neste verso, o verbo vidanti às vezes é tomado como significando “entendendo”. Assim, quem compreende o Brahman, ou a fonte suprema de tudo, goza de vida bem-aventurada.