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VERSO 6

vasu kāla upādatte
kāle cāyaṁ vimuñcati
samaḥ sarveṣu bhūteṣu
pratapan sūryavad vibhuḥ

vasu — riquezas; kāle — no devido curso do tempo; upādatte — cobra; kāle — no devido curso do tempo; ca — também; ayam — este rei Pṛthu; vimuñcati — devolve; samaḥ — igual; sarveṣu — para todas; bhūteṣu — entidades vivas; pratapan — brilhando; sūrya-vat — como o deus do Sol; vibhuḥ — poderoso.

Este rei Pṛthu será tão poderoso como o deus do Sol, e, assim como o deus do Sol distribui igualmente seu brilho para todos, o rei Pṛthu distribuirá sua misericórdia por igual. Da mesma maneira, assim como o deus do Sol evapora água durante oito meses e, durante a estação das chuvas, a devolve profusamente, esse rei também cobrará impostos dos cidadãos e devolverá essas somas de dinheiro em momentos de necessidade.

SIGNIFICADO—O processo de cobrança de impostos é muito bem explicado neste verso. A cobrança de impostos não se destina ao gozo dos sentidos dos ditos líderes administrativos. As receitas dos impostos devem ser distribuídas aos cidadãos em momentos de necessidade, durante emergências tais como escassez de alimentos ou inundações. As receitas dos impostos não devem, de forma alguma, ser distribuídas entre os funcionários do governo sob a forma de salários elevados e muitas outras concessões. Em Kali-yuga, entretanto, a posição dos cidadãos é muito terrível porque se cobram impostos de muitas formas para serem gastos para os confortos pessoais dos administradores.

O exemplo do Sol neste verso é muito apropriado. O Sol está a muitos milhões de quilômetros de distância da Terra, e, embora o Sol não toque na Terra realmente, ele se encarrega de distribuir terras por todo o planeta, arrecadando água dos oceanos e mares, e também se encarrega de tornar essas terras férteis, distribuindo água durante a estação das chuvas. Sendo um rei ideal, o rei Pṛthu cumpriria com todas essas obrigações nas vilas e no estado tão habilmente como o Sol.

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