VERSO 11
carameṇāśvamedhena
yajamāne yajuṣ-patim
vainye yajña-paśuṁ spardhann
apovāha tirohitaḥ
carameṇa — pelo último; aśva-medhena — pelo sacrifício aśvamedha; yajamāne — quando estava realizando o sacrifício; yajuḥ-patim — para a satisfação do Senhor de Yajña, Viṣṇu; vainye — o filho do rei Vena; yajña-paśum — o animal destinado a ser sacrificado no yajña; spardhan — estando com inveja; apovāha — roubou; tirohitaḥ — estando invisível.
Quando Pṛthu Mahārāja estava realizando o último sacrifício de cavalo [aśvamedha-yajña], o rei Indra, invisível a todos, roubou o cavalo destinado ao sacrifício. Ele fez isso porque estava com muita inveja do rei Pṛthu.
SIGNIFICADO—O rei Indra é conhecido como śata-kratu, indicativo de que ele realizou cem sacrifícios de cavalo (aśvamedha-yajña). Devemos saber, contudo, que os animais sacrificados no yajña não eram mortos. Se os mantras védicos eram pronunciados corretamente durante o sacrifício, o animal sacrificado ressurgia com uma vida nova. É essa a prova de que um yajña foi exitoso. Quando o rei Pṛthu estava realizando cem yajñas, Indra ficou muito invejoso, pois não queria que ninguém o superasse. Sendo uma entidade viva comum, ele ficou com inveja do rei Pṛthu e, tornando-se invisível, roubou o cavalo e, assim, impediu a realização do yajña.