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VERSO 12

svāgataṁ vo dvija-śreṣṭhā
yad-vratāni mumukṣavaḥ
caranti śraddhayā dhīrā
bālā eva bṛhanti ca

su-āgatam — boas-vindas; vaḥ — a vós; dvija-śreṣṭhāḥ — os melhores dos brāhmaṇas; yat — cujos; vratāni — votos; mumukṣayaḥ — de pessoas que desejam a liberação; caranti — vos comportais; śraddhayā — com grande fé; dhīrāḥ — controlados; bālāḥ — meninos; eva — como; bṛhanti — observais; ca — também.

Mahārāja Pṛthu deu suas boas-vindas aos quatro Kumāras, chamando-os de os melhores dos brāhmaṇas. Ele os acolheu, dizen­do: Desde o início de vosso nascimento, observastes estritamente os votos de celibato e, embora sejais experientes no caminho da libe­ração, vos mantendes como pequenas crianças.

SIGNIFICADO—A importância específica dos Kumāras é que eles eram brahma­cārīs, vivendo a vida de celibato desde o nascimento. Eles se mantiveram como meninos de cerca de quatro ou cinco anos de idade porque, crescendo até a juventude, às vezes nossos sentidos podem perturbar-se, e o celibato torna-se difícil. Portanto, os Kumāras propositalmente permaneceram crianças, visto que, na infância, os sen­tidos nunca são agitados pelo sexo. Esse é o significado da vida dos Kumāras, e, de tal modo, Mahārāja Pṛthu chamou-os de os melho­res dos brāḥmaṇas. Os Kumāras não apenas nasceram do melhor brāhmaṇa (o senhor Brahmā), mas são chamados nesta passagem de dvija-śreṣṭhāḥ (“os melhores dos brāhmaṇas”) pelo fato de também serem vaiṣṇavas. Como já explicamos, eles têm seu sampradāya (sucessão discipular), e este sampradāya se mantém até os dias atuais, sendo conhecido como Nimbārka-sampradāya. O Nimbārka­-sampradāya é um dos quatro sampradāyas dos ācāryas vaiṣṇavas. Mahārāja Pṛthu apreciou especificamente a posição dos Kumāras, pois eles mantinham o voto de brahmacarya desde o início de seu nascimento. Mahārāja Pṛthu, contudo, expressou sua grande estima pelo vaiṣṇavismo, chamando os Kumāras de vaiṣṇava-śreṣṭhāḥ. Em outras palavras, todos devem prestar respeitos a um vaiṣṇava sem considerar sua fonte de nascimento. Vaiṣṇave jāti­buddhiḥ. Ninguém deve considerar um vaiṣṇava em termos de seu nascimento. O vaiṣṇava é sempre o melhor dos brāhmaṇas, de modo que se deve prestar todo respeito a um vaiṣṇava, não ape­nas por ele ser um brāhmaṇa, mas também por ser o melhor dos brāhmaṇas.

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