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VERSO 21

pañca-śīrṣāhinā guptāṁ
pratīhāreṇa sarvataḥ
anveṣamāṇām ṛṣabham
aprauḍhāṁ kāma-rūpiṇīm

pañca — cinco; śīrṣa — cabeças; ahinā — por uma serpente; guptām — protegida; pratīhāreṇa — por um guarda-costas; sarvataḥ — ao seu redor; anveṣamāṇām — uma pessoa que anda em busca de; ṛṣa­bham — um esposo; aprauhām — não muito velha; kāma-rūpiṇīm — muito atrativa para satisfazer desejos luxuriosos.

A mulher era protegida de todos os lados por uma serpente de cinco cabeças. Ela era belíssima e jovem, e parecia muito ansiosa por encontrar um esposo adequado.

SIGNIFICADO––A força vital da entidade viva inclui as cinco classes de ar que funcionam dentro do corpo, as quais são conhecidas como prāṇa, apāna, vyāna, samāna e udāna. A força vital é comparada a uma serpente porque a serpente pode viver simplesmente bebendo ar. A força vital transportada pelo ar é descrita como pratīhāra, ou o guarda-costas. Sem a força vital, não se pode viver por um momen­to sequer. De fato, todos os sentidos funcionam sob a proteção da força vital.

A mulher, que representa a inteligência, estava à procura de um esposo. Isso indica que a inteligência não pode agir sem consciên­cia. Uma bela mulher é inútil a menos que seja protegida por um esposo adequado. A inteligência deve ser sempre muito fresca; por­tanto, usa-se a palavra aprauḍhām, “muito jovem”, nesta passagem. Gozo material significa utilizar a inteligência em benefício de rūpa, rasa, gandha, śabda e sparśa, ou seja, forma, sabor, odor, som e toque.

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