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VERSO 45

saptopari kṛtā dvāraḥ
puras tasyās tu dve adhaḥ
pṛthag-viṣaya-gaty-arthaṁ
tasyāṁ yaḥ kaścaneśvaraḥ

sapta — sete; upari — para cima; kṛtāḥ — feitos; dvāraḥ — portões; puraḥ — da cidade; tasyāḥ — isto; tu — então; dve — dois; adhaḥ — para baixo; pṛthak — diferentes; viṣaya — a locais; gati-artham­ — para ir; tasyām — naquela cidade; yaḥ — aquele que; kaścana — quem quer que; īśvaraḥ — governante.

Dos nove portões naquela cidade, sete ficavam na superfície e dois eram subterrâneos. Foi construído um total de nove portões, os quais levavam a diferentes locais. Todos os portões eram usados pelo governante da cidade.

SIGNIFICADO––Os sete portões do corpo que se encontram na superfície são os dois olhos, as duas narinas, os dois ouvidos e a boca. Os dois por­tões subterrâneos são o ânus e os órgãos genitais. O rei, ou o governador do corpo, que é a entidade viva, usa todas essas portas para gozar de diferentes classes de prazeres materiais. O sistema de abrir diferentes portões para diferentes locais ainda é evidente em antigas cidades indianas. Outrora, cada capital era cercada por muros, e se passava por diversos portões para se ir a diversas cidades ou em direções específicas. Na velha Déli, ainda há vestí­gios de muros limítrofes e vários portões, conhecidos como Portão Kashmiri, Portão Lahori etc. Do mesmo modo, em Ahmedabad, existe o Portão Déli. A ideia dessa comparação é que a enti­dade viva quer gozar de diferentes classes de opulências materiais e, para esse fim, a natureza lhe concede vários orifícios em seu corpo, os quais ela pode utilizar para o gozo dos sentidos.

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