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VERSO 7

bṛhad-balaṁ mano vidyād
ubhayendriya-nāyakam
pañcālāḥ pañca viṣayā
yan-madhye nava-khaṁ puram

bṛhat-balam — muito poderosa; manaḥ — a mente, vidyāt — deve-se saber; ubhaya-indriya — de ambos os grupos de sentidos; nāyakam — o líder; pañcālāḥ — o reino chamado Pañcāla; pañca — cinco; viṣayāḥ — objetos dos sentidos; yat — dos quais; madhye — no meio; nava-kham — ­tendo nove aberturas; puram — a cidade.

O décimo primeiro assistente, que é o comandante dos demais, é conhecido como a mente. Ele é o líder dos sentidos, tanto para a aquisição de conhecimento quanto para a realização de trabalho. O reino Pañcāla é a atmosfera na qual se desfruta dos cinco objetos dos sentidos. Dentro desse reino Pañcāla, encontra-se a cidade do corpo, a qual tem nove portões.

SIGNIFICADO—A mente é o centro de todas as atividades e é descrita aqui como bṛhad-bala, muito poderosa. Para escapar das garras de māyā, a existência material, é preciso controlar a mente. Dependendo do treinamento, a mente é o amigo ou o inimigo da entidade viva. Se alguém consegue um bom administrador, seu estado é muito bem gerido, mas, se o administrador é um ladrão, seu estado vai à ruína. De modo semelhante, em sua existência condicionada mate­rial, a entidade viva delega poderes à sua mente. Sendo assim, ela está sujeita a ser desencaminhada por sua mente para gozar dos objetos dos sentidos. Śrīla Ambarīṣa Mahārāja, portanto, primeiro absorveu sua mente nos pés de lótus do Senhor (sa vai manaḥ kṛṣṇa-padāravindayoḥ. Quando a mente está ocupada em meditar nos pés de lótus do Senhor, os sentidos ficam controlados. Esse sistema de controle se chama yama, que quer dizer “subjugar os sentidos”. Quem pode subjugar os sentidos se chama gosvāmī, mas quem não pode controlar a mente chama-se go-dāsa. A mente orienta as atividades dos sentidos, que se expressam através de dife­rentes aberturas, como se descreve no verso seguinte.

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