VERSO 34
tulayāma lavenāpi
na svargaṁ nāpunar-bhavam
bhagavat-saṅgi-saṅgasya
martyānāṁ kim utāśiṣaḥ
tulayāma — nós comparamos; lavena — com um segundo; api — mesmo; na — não; svargam — elevar-se aos planetas celestiais; na — não; apunaḥ-bhavam — fundir-se na refulgência Brahman; bhagavat — da Suprema Personalidade de Deus; saṅgi — com associados; saṅgasya — da associação; martyānām — de pessoas destinadas a morrer; kim uta — muito menos; āśiṣaḥ — bênçãos.
Não se pode comparar nem mesmo um segundo de associação com um devoto puro com a transferência a planetas celestiais ou com a imersão na refulgência Brahman em completa liberação. Para entidades vivas destinadas a abandonar o corpo e morrer, a associação com devotos puros é a bênção mais elevada.
SIGNIFICADO—O grande santo Prabodhānanda Sarasvatī, um devoto do Senhor Caitanya, afirma: kaivalyaṁ narakāyate tridaśa-pūr ākāśa-puṣpāyate. Para o devoto puro, kaivalya, fundir-se na existência do Brahman, a refulgência Brahman, não é melhor do que viver no inferno. Do mesmo modo, ele considera a promoção a planetas celestiais (tridaśa-pūr) apenas outra espécie de fantasmagoria. Em outras palavras, o devoto puro não dá muito valor ao destino dos karmīs (os planetas celestiais) ou ao destino dos jñānīs (fundir-se na refulgência Brahman). O devoto puro considera um segundo de associação com outro devoto puro como sendo superior a residir em planetas celestiais ou a imergir na refulgência Brahman. A bênção máxima para aqueles que vivem neste mundo material e estão sujeitos à repetição de nascimentos e mortes (transmigração) é a associação com devotos puros. Devemos procurar semelhantes devotos puros e permanecer com eles. Isso nos fará inteiramente felizes, ainda que vivamos no mundo material. Este movimento para a consciência de Kṛṣṇa foi inaugurado com esse propósito. Uma pessoa demasiadamente afetada pela matéria pode tirar proveito deste movimento e se associar intimamente com ele. Dessa maneira, os confusos e frustrados habitantes deste mundo material poderão encontrar a felicidade máxima na companhia dos devotos.