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VERSO 30

śrī-śuka uvāca
ity ānamya tam āmantrya
viduro gajasāhvayam
svānāṁ didṛkṣuḥ prayayau
jñātīnāṁ nirvṛtāśayaḥ

śrī-śukaḥ uvāca — Śrī Śukadeva Gosvāmī disse; iti — assim; ānamya — oferecendo reverências; tam — a Maitreya; āmantrya — pedindo permissão; viduraḥ — Vidura; gaja-sāhvayam — a cidade de Hastināpura; svānām — próprios; didṛkṣuḥ — desejando ver; prayayau — dei­xou aquele lugar; jñātīnām — de seus parentes; nirvṛta-āśayaḥ — livre de desejos materiais.

Śukadeva Gosvāmī prosseguiu: Vidura ofereceu assim suas reve­rências ao grande sábio Maitreya e, pedindo sua permissão, partiu rumo à cidade de Hastināpura para ver seus próprios parentes, embora não tivesse desejos materiais.

SIGNIFICADO—Quando uma pessoa santa deseja ver seus parentes, desejos materiais não estão envolvidos nisso. Tudo o que ela quer é lhes dar algumas instruções para que eles possam beneficiar-se. Vidura pertencia à família real dos Kauravas e, muito embora soubesse que todos os seus familiares haviam sido destruídos na Guerra de Kurukṣetra, ele quis encontrar­-se com seu irmão mais velho, Dhṛtarāṣṭra, para ver se conseguia libertar Dhṛtarāṣṭra das garras de māyā. Quando um grande santo como Vidura visita seus parentes, seu único desejo é livrá-los das garras de māyā. Vidura ofereceu assim suas respeitosas reverências a seu mestre espiritual e partiu para a cidade de Hastināpura, o reino dos Kauravas.

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