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VERSO 46

deva-tiryaṅ-manuṣyāṇāṁ
sarīsṛpa-savīrudhām
sarva-jīva-nikāyānāṁ
sūrya ātmā dṛg-īśvaraḥ

deva — dos semideuses; tiryak — os animais inferiores; manuṣyānām — e os seres humanos; sarīsṛpa — os insetos e as serpentes; sa-vīrudhām — e as plantas e árvores; sarva-jīva-nikāyānām — de todos os grupos de entidades vivas; sūryaḥ — o deus do Sol; ātmā — a vida e alma; dṛk — dos olhos; īśvaraḥ — a Personalidade de Deus.

Todas as entidades vivas, incluindo os semideuses, os seres humanos, os animais, os pássaros, os insetos, os répteis, as trepadeiras e as árvores, dependem do calor e da luz que o deus do Sol fornece a partir do planeta Sol. Ademais, é devido à presença do Sol que todas as entidades vivas podem ver, daí ele se chamar dṛg-īśvara, a Personalidade de Deus que preside a visão.

SIGNIFICADO—Com relação a isso, Śrīla Viśvanātha Cakravartī Ṭhākura diz que sūrya ātmā ātmatvenopāsyaḥ. A verdadeira vida e alma de todas as entidades vivas que estão dentro do universo é o Sol. Portanto, ele é upāsya, adorável. Adoramos o deus do Sol cantando o mantra Gāyatrī (oṁ bhūr bhuvaḥ svaḥ tat savitur vareṇyaṁ bhargo devasya dhīmahi). Sūrya é a vida e alma deste universo, e existem inúmeros universos dos quais o respectivo deus do Sol é a vida e alma, assim como a Suprema Personalidade de Deus é a vida e alma de toda a criação. Sabe-se que Vairāja, Hiraṇyagarbha, entrou no enorme globo material e bruto chamado Sol. Isso denota que a teoria defendida pelos pretensos cientistas segundo a qual ninguém vive ali está errada. Na Bhagavad-gītā, também tomamos conhecimento de que foi ao deus do Sol que Kṛṣṇa apresentou primeiramente as instruções contidas no referido livro (imaṁ vivasvate yogaṁ proktavān aham avyayam). Portanto, o Sol não está vazio. Ele é habitado por entidades vivas, e a deidade predominante é Vairāja, ou Vivasvān. A diferença entre o Sol e a Terra é que aquele é um planeta ígneo, mas todos os seus habitantes têm um corpo adequado para ali viverem sem dificuldades.

Neste ponto, encerram-se os Significados Bhaktivedanta do quinto canto, vigésimo capítulo, do Śrīmad-Bhāgavatam, intitulado “Um Estudo da Estrutura do Universo”.

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