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VERSO 16

tasmād yuvāṁ grāmya-paśor
mama mūḍha-dhiyaḥ prabhū
andhe tamasi magnasya
jñāna-dīpa udīryatām

tasmāt — portanto; yuvām — ambos; grāmya-paśoḥ — de um animal tal qual um porco ou um cachorro; mama — a mim; mūḍha-dhiyaḥ — que sou muito tolo (porque não tenho conhecimento espiritual); prabhū — ó meus senhores; andhe — na cega; tamasi — escuridão; magnasya — de alguém que está absorto; jñāna-dīpaḥ — o archote do conhecimento; udīryatām — que se acenda.

Como sois grandes personalidades, podeis dar-me verdadeiro conhecimento. Porque estou imerso na escuridão da ignorância, sou tão tolo que pareço um animal de vila – um porco ou um cão. Portanto, por favor, acendei o archote do conhecimento para que eu seja salvo.

SIGNIFICADO—Este é o modelo de como alguém deve agir para receber conhecimento. Ele deve submeter-se aos pés de lótus de grandes personalidades que realmente possam dar conhecimento transcendental. Portanto, afirma-se que tasmād guruṁ prapadyeta jijñāsuḥ śreya uttamam: “Quem quer que busque compreender a meta mais elevada e a dádiva da vida deve aproximar-se de um mestre espiritual fide­digno e render-se a ele.” Somente alguém que esteja realmente an­sioso por receber conhecimento para dissipar a escuridão da ignorância se interessa em se aproximar de um guru, ou mestre espiritual. Não é em troca de benefícios materiais que se deve procurar o auxílio do guru. Ninguém deve aproximar-se de um guru simplesmente para se curar de alguma doença ou receber algum benefício miraculoso. Não consiste nisso o processo de se aproximar de um guru. Tad-­vijñānārtham: devemos aproximar-nos de um guru para podermos entender a ciência transcendental que nos instrui na vida espiritual. Nesta era de Kali, infelizmente, existem muitos gurus farsantes que exibem mágicas a seus discípulos, e, por sua vez, muitos discípulos tolos querem ver essas mágicas para obterem benefícios materiais. Esses discípulos não estão interessados em buscar uma vida espiritual que os salve da escuridão da ignorância. Declara-se:

om ajñāna-timirāndhasya
jñānāñjana-śalākayā
cakṣur unmīlitaṁ yena
tasmai śrī-gurave namaḥ

“Nasci na mais obscura ignorância, mas meu mestre espiritual abriu meus olhos com o archote do conhecimento. Ofereço-lhe minhas respeitosas reverências.” Isso define o que é o guru. Todos estão na escuridão da ignorância. Portanto, todos precisam ser ilumina­dos com o conhecimento transcendental. Aquele que ilumina seu dis­cípulo e impede que apodreça na escuridão da ignorância, tirando-o do mundo material, é um guru de verdade.

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