VERSO 15
rakṣatv asau mādhvani yajña-kalpaḥ
sva-daṁṣṭrayonnīta-dharo varāhaḥ
rāmo ’dri-kūṭeṣv atha vipravāse
salakṣmaṇo ’vyād bharatāgrajo ’smān
rakṣatu — que o Senhor proteja; asau — esse; mā — a mim; adhvani — na rua; yajña-kalpaḥ — que é evidenciado através da execução de cerimônias ritualísticas; sva-daṁṣṭrayā — com Sua própria presa; unnīta — erguendo; dharaḥ — o planeta Terra; varāhaḥ — o Senhor Javali; rāmaḥ — Senhor Rāma; adri-kūṭeṣu — nos píncaros das montanhas; atha — então; vipravāse — em terras alheias; sa-lakṣmaṇaḥ — com o Seu irmão Lakṣmaṇa; avyāt — que Ele proteja; bharata-agrajaḥ — o irmão mais velho de Mahārāja Bharata; asmān — a nós.
O Senhor supremo e indestrutível é evidenciado através da execução de sacrifícios ritualísticos e, portanto, é conhecido como Yajñeśvara. Em Sua encarnação como o Senhor Javali, Ele ergueu o planeta Terra, tirando-o da água que está situada na base do universo, e o manteve em Suas presas pontiagudas. Que esse Senhor me proteja dos ladrões na rua. Que Paraśurāma me proteja nos píncaros das montanhas, e que o irmão mais velho de Bharata, o Senhor Rāmacandra, juntamente com Seu irmão Lakṣmaṇa, proteja-me em terras alheias.
SIGNIFICADO—Existem três Rāmas. Um Rāma é Paraśurāma (Jāmadāgnya), outro Rāma é o Senhor Rāmacandra, e o terceiro Rāma é o Senhor Balarāma. Neste verso, as palavras rāmo ’dri-kūṭeṣv atha se referem ao Senhor Paraśurāma. O irmão de Bharata Mahārāja e de Lakṣmaṇa é o Senhor Rāmacandra.