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VERSO 9

vimuñcati yadā kāmān
mānavo manasi sthitān
tarhy eva puṇḍarīkākṣa
bhagavattvāya kalpate

vimuñcati — abandona; yadā — sempre que; kāmān — todos os desejos materiais; mānavaḥ — sociedade humana; manasi — mentalmente; sthitān — situada; tarhi — somente nesse momento; eva — na verdade; puṇḍarīka-akṣa — ó Senhor de olhos de lótus; bhagavattvāya — a ser tão opulenta como o Senhor; kalpate — habilita-se.

Ó meu Senhor, quando o ser humano é capaz de abandonar todos os desejos materiais que existem em sua mente, ele se habilita a possuir riquezas e opulências tais como as Vossas.

SIGNIFICADO—Os homens ateístas, às vezes, criticam os devotos dizendo: “Se vocês não querem receber nenhuma bênção do Senhor, mas se o servo do Senhor é tão opulento como o próprio Senhor, por que, então, vocês pedem a bênção de se ocuparem como servos do Senhor?” Śrīdhara Svāmī comenta: bhagavattvāya bhagavat-samān aiśvaryāya. Bhagavattva, colocar-se no mesmo nível da Suprema Personalidade de Deus, não significa se tornar uno com Ele ou igual a Ele, embora, no mundo espiritual, o servo seja tão opulento como o mestre. O servo do Senhor se ocupa a serviço do Senhor como um servo, amigo, pai, mãe ou amante conjugal, todos os quais são tão opulentos como o Senhor. Isso é acintya-bhedābheda-tattva. Embora diferentes, o mestre e o servo são iguais em opulência. Esse é o significado da concomitante diferença e igualdade entre o Senhor Supremo e Seu servo.

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