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VERSO 40

kvacic chaye dharopasthe
tṛṇa-parṇāśma-bhasmasu
kvacit prāsāda-paryaṅke
kaśipau vā parecchayā

kvacit — às vezes; śaye — deito-me; dhara-upasthe — na superfície da terra; tṛṇa — na grama; parṇa — folhas; aśma — pedra; bhasmasu — ou em um monte de cinzas; kvacit — às vezes; prāsāda — em palácios; paryaṅke — em uma cama de primeira qualidade; kaśipau — em um travesseiro;  — ou; para — de outrem; icchayā — pelo desejo.

Ora me deito na superfície da terra, ora me deito sobre folhas, grama ou pedra, ora me deito sobre um monte de cinzas, ora, pelo desejo de outros, eu me deito em um palácio, onde me é oferecida uma excelente cama com travesseiros.

SIGNIFICADO—A descrição apresentada pelo brāhmaṇa erudito indica as diferentes classes de nascimentos, pois o ser vivo se deita conforme o corpo que ele tem. Às vezes, nasce-se como animal e, outras vezes, como rei. Quem nasce como animal deve deitar-se no chão, e quem nasce como rei ou um homem muito rico recebe a permissão de ir deitar-se em quartos de palácios primorosos, enormes e decorados com camas e outras mobílias. Todavia, semelhantes facilidades não estão disponíveis pelo simples desejo da entidade viva; em vez disso, elas são disponíveis através do desejo supremo (parecchayā), ou através do arranjo de māyā. Como se declara na Bhagavad-gītā (18.61):

īśvaraḥ sarva-bhūtānāṁ
hṛd-deśe ’rjuna tiṣṭhati
bhrāmayan sarva-bhūtāni
yantrārūḍhāni māyayā

“O Senhor Supremo está situado no coração de todos, ó Arjuna, e está dirigindo as andanças de todas as entidades vivas, que estão sentadas em um tipo de máquina feita de energia material.” De acordo com seus desejos materiais, a entidade viva recebe diferentes classes de corpos, os quais não passam de máquinas que a natureza material lhe oferece em obediência à ordem da Suprema Personalidade de Deus. Mediante o desejo do Supremo, todos devem aceitar diferentes corpos com diferentes recursos para se deitarem.

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