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VERSO 34

niśamya karmāṇi guṇān atulyān
vīryāṇi līlā-tanubhiḥ kṛtāni
yadātiharṣotpulakāśru-gadgadaṁ
protkaṇṭha udgāyati rauti nṛtyati

niśamya — ouvindo; karmāṇi — atividades transcendentais; guṇān — qualidades espirituais; atulyān — extraordinárias (que, de um modo geral, não são visíveis em uma pessoa comum); vīryāṇi — muito poderosas; līlā-tanubhiḥ — por diferentes formas de passatempos; kṛtāni — executados; yadā — quando; atiharṣa — devido ao grande júbilo; utpulaka — arrepio; aśru — lágrimas nos olhos; gadgadam — voz embargada; protkaṇṭhaḥ — com voz clara; udgāyati — canta bem alto; rauti — chora; nṛtyati — dança.

Aquele que está situado em serviço devocional decerto controla os sentidos e, portanto, é uma pessoa liberada. Ao ouvir sobre as qualidades e atividades transcendentais das encarnações do Senhor designadas para executar vários passatempos, semelhante pessoa liberada, o devoto puro, fica com os pelos arrepiados, derrama lágrimas dos olhos e, em sua compreensão espiritual, apresenta a voz embargada. Ele ora dança muito animadamente, ora canta alto, ora chora. Assim, ele expressa seu júbilo transcendental.

SIGNIFICADO—As atividades do Senhor são incomuns. Por exemplo, ao aparecer como o Senhor Rāmacandra, Ele executou atividades incomuns como, por exemplo, construir uma ponte sobre o oceano. Igualmente, quando o Senhor Kṛṣṇa apareceu, Ele ergueu a colina Govardhana quando tinha apenas sete anos de idade. Essas atividades são incomuns. Os tolos e patifes, que não estão na posição transcendental, consideram mitológicas essas atividades incomuns que o Senhor executa, mas, quando o devoto puro, a pessoa liberada, ouve sobre essas atividades incomuns do Senhor, imediatamente fica em êxtase e canta, dança e chora muito alto e tomado de júbilo. Essa é a diferença entre o devoto e o não-devoto.

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