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VERSO 4

na santi tīrthe yudhi cārthinārthitāḥ
parāṅmukhā ye tv amanasvino nṛpa
yuṣmat-kule yad yaśasāmalena
prahrāda udbhāti yathoḍupaḥ khe

na — não; santi — existem; tīrthe — nos lugares sagrados (onde se faz caridade); yudhi — no campo de batalha; ca — também; arthinā — por um brāhmaṇa ou kṣatriya; arthitāḥ — que foram solicitados; parāṅmukhāḥ — que recusaram seus pedidos; ye — essas pessoas; tu — na verdade; amanasvinaḥ — esses reis de baixo nível e de mentalida­de mesquinha; nṛpa — ó rei (Bali Mahārāja); yuṣmat-kule — em tua dinastia; yat — na qual; yaśasā amalena — por reputação impecável; prahrādaḥ — Prahlāda Mahārāja; udbhāti — surge; yathā — como; uḍupaḥ — a Lua; khe — no céu.

Ó rei Bali, nunca em tua dinastia nasceu um rei de mentalidade mesquinha que, ao ser solicitado, recusasse fazer caridade aos brāhmaṇas nos lugares sagrados ou lutar com os kṣatriyas em um campo de batalha. E tua dinastia fica ainda mais gloriosa devido à presen­ça de Prahlāda Mahārāja, que é como a formosa Lua no céu.

SIGNIFICADO—As características do kṣatriya são descritas na Bhagavad-gītā. Uma de suas qualificações é o desejo de fazer caridade (dāna). Um kṣatriya não se recusa a fazer caridade quando solicitado por um brāhmaṇa, tampouco se recusa a lutar com outro kṣatriya. O rei que se recusa é tido como alguém de mentalidade vil. Na dinastia de Bali Mahārāja, não havia reis com essa mentalidade desprezível.

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