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VERSO 15

dṛḍhaṁ paṇḍita-māny ajñaḥ
stabdho ’sy asmad-upekṣayā
mac-chāsanātigo yas tvam
acirād bhraśyase śriyaḥ

dṛḍham — tão firmemente convicto ou fixo em tua decisão; paṇḍita-mānī — arrogando-te muito erudito; ajñaḥ — ao mesmo tempo tolo; stabdhaḥ — insolente; asi — tu te tornaste; asmat — de nós; upek­ṣayā — por desrespeitar; mat-śāsana-atigaḥ — ultrapassando a jurisdi­ção de minha administração; yaḥ — tal pessoa (como tu); tvam — tu mesmo; acirāt — muito em breve; bhraśyase — cairás; śriyaḥ — de toda a opulência.

Embora careças de qualquer conhecimento, falsamente assumes a posição de um erudito e, portanto, ousas ter a insolência de desobedecer à minha ordem. Por desobedeceres a mim, muito em breve perde­rás toda a tua opulência.

SIGNIFICADO—Śrīla Viśvanātha Cakravartī Ṭhākura diz que Bali Mahārāja não era um paṇḍita-mānī, ou alguém que falsamente se faz passar por eru­dito; em vez disso, ele era um paṇḍita-mānya-jñaḥ, alguém que é tão erudito que todas as outras pessoas doutas adoram-no. E, como era tão erudito, pôde desobedecer à ordem do seu suposto mestre es­piritual. Ele não temia nenhuma condição de existência material. Qualquer pessoa que recebe a atenção do Senhor Viṣṇu não precisa temer ninguém mais. Logo, Bali Mahārāja jamais seria destituído de opulências. As opulências oferecidas pela Suprema Personalidade de Deus não devem ser comparadas às opulências obtidas através de karma-kāṇḍa. Em outras palavras, se o devoto se torna muito opulento, deve-se compreender que sua opulência é uma dádiva da Suprema Personalidade de Deus. Tal opulência nunca se extinguirá, ao passo que a opulência alcançada por atividades fruitivas pode ser destroçada a qualquer momento.

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