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VERSO 22

kāye balis tasya mahā-vibhūteḥ
sahartvig-ācārya-sadasya etat
dadarśa viśvaṁ tri-guṇaṁ guṇātmake
bhūtendriyārthāśaya-jīva-yuktam

kāye — no corpo; baliḥ — Mahārāja Bali; tasya — da Personalidade de Deus; mahā-vibhūteḥ — daquela pessoa equipada com todas as maravilhosas opulências; saha-ṛtvik-ācārya-sadasyaḥ — com todos os sacerdotes, ācāryas e membros da assembleia sagrada; etat — isso; dadarśa — viu; viśvam — todo o universo; tri-guṇam — feito dos três modos da natureza material; guṇa-ātmake — naquilo que é a fonte de todas essas qualidades; bhūta — com todos os elementos ma­teriais grosseiros; indriya — com os sentidos; artha — com os objetos dos sentidos; āśaya — com a mente, inteligência e falso ego; jīva­-yuktam — com todas as entidades vivas.

Bali Mahārāja, juntamente com todos os sacerdotes, ācāryas e membros da assembleia, observou o corpo universal da Suprema Personalidade de Deus, que era pleno de seis opulências. Esse corpo continha tudo o que existe dentro do universo, incluindo todos os ele­mentos materiais grosseiros, os sentidos, os objetos dos sentidos, a mente, a inteligência e o falso ego, as várias classes de entidades vivas, e as ações e reações dos três modos da natureza material.

SIGNIFICADO—Na Bhagavad-gītā, a Suprema Personalidade de Deus diz que ahaṁ sarvasya prabhavo mattaḥ sarvaṁ pravartate: Kṛṣṇa é a origem de tudo. Vāsudevaḥ sarvam iti: Kṛṣṇa é tudo. Mat-sthāni sarva­-bhūtāni na cāhaṁ teṣv avasthitaḥ: tudo repousa no corpo do Senhor, mas o Senhor não está em toda parte. Os filósofos māyā­vādīs pensam que, como Se tornou tudo, a Suprema Personalidade de Deus, a Verdade Absoluta, não tem existência à parte. A filosofia deles se chama advaita-vāda. Entretanto, o fato é que essa filosofia não é correta. Aqui, Bali Mahārāja era a pessoa que se colocara na posição de ver o corpo universal da Suprema Personalidade de Deus, e foi esse corpo o que se observou. Logo, existe dvaita-vāda; sempre existem duas entidades – o observador e o observado. O observador é parte do todo, mas não é igual a esse. A parte do todo, o observador, também é uno com o todo, mas, como é apenas uma parte, ele não pode ser o todo completo em momento algum. Esse acintya-bhedābheda – igualdade e diferença simultâneas – é a filosofia perfeita, apresentada pelo Senhor Śrī Caitanya Mahā­prabhu.

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