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VERSO 20

arayo ’pi hi sandheyāḥ
sati kāryārtha-gaurave
ahi-mūṣikavad devā
hy arthasya padavīṁ gataiḥ

arayaḥ — inimigos; api — embora; hi — na verdade; sandheyāḥ — aptos para uma trégua; sati — sendo assim; kārya-artha-gaurave — no que diz respeito a um dever importante; ahi — serpente; mūṣika — rato; vat — como; devāḥ — ó semideuses; hi — na verdade; arthasya — de interesse; padavīm — posição; gataiḥ — sendo assim.

Ó semideuses, satisfazer os próprios interesses é tão importante que um indivíduo pode até mesmo chegar ao ponto de estabelecer trégua com seus inimigos. Em prol de seu próprio interesse, ele tem que agir de acordo com a lógica existente no comportamento da serpente e do rato.

SIGNIFICADO—Certa vez, uma serpente e um rato foram capturados em um cesto. Acontece que, sendo o rato alimento para a serpente, esta era uma boa oportunidade que se apresentava para a serpente. Entretanto, como ambos estavam presos no cesto, mesmo que comesse o rato, a serpente não seria capaz de escapar. Portanto, a serpente julgou sábio estabelecer uma trégua com o rato e pedir ao rato que fizesse um buraco no cesto para que ambos pudessem escapar. A intenção da serpente era que, depois que o rato fizesse o buraco, ela o come­ria e escaparia do cesto, saindo pelo buraco. Isso se chama a lógica da serpente e do rato.

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