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VERSO 10

sītā-kathā-śravaṇa-dīpita-hṛc-chayena
sṛṣṭaṁ vilokya nṛpate daśa-kandhareṇa
jaghne ’dbhutaiṇa-vapuṣāśramato ’pakṛṣṭo
mārīcam āśu viśikhena yathā kam ugraḥ

sītā-kathā — tópicos sobre Sītādevī; śravaṇa — ouvindo; dīpita — agitado; hṛt-śayena — desejos luxuriosos dentro da mente de Rāvaṇa; sṛṣṭam — criados; vilokya — vendo isto; nṛpate — ó rei Parīkṣit; daśa-­kandhareṇa — por Rāvaṇa, que tinha dez cabeças; jaghne — o Senhor matou; adbhuta-eṇa-vapuṣā — por um veado feito de ouro; āśrama­taḥ — de Sua residência; apakṛṣṭaḥ — tendo sido levado a afastar-Se; mārīcam — o demônio Mārīca, que assumiu a forma de um veado de ouro; āśu — imediatamente; viśikhena — com uma flecha afiada; yathā — como; kam — Dakṣa; ugraḥ — o senhor Śiva.

Ó rei Parīkṣit, quando Rāvaṇa, que tinha dez cabeças sobre seus ombros, ouviu comentários acerca dos belos e atraentes traços de Sītā, sua mente ficou agitada por desejos luxuriosos, e ele foi até ela com a intenção de raptá-la. Para afastar o Senhor Rāmacandra de Seu āśrama, Rāvaṇa enviou Mārīca sob a forma de um veado dourado, e, ao ver aquele maravilhoso veado, o Senhor Rāmacandra deixou Sua residência e o seguiu até conseguir matá-lo com uma flecha afiada, assim como o senhor Śiva matou Dakṣa.

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