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VERSO 25

durmanā bhagavān kāvyaḥ
paurohityaṁ vigarhayan
stuvan vṛttiṁ ca kāpotīṁ
duhitrā sa yayau purāt

durmanāḥ — estando muito infeliz; bhagavān — o poderosíssimo; kāvyaḥ — Śukrācārya; paurohityam — a ocupação do sacerdócio; vi­garhayan — condenado; stuvan — louvando; vṛttim — a posição; ca — e; kāpotīm — de coletar os cereais do campo; duhitrā — com sua filha; saḥ — ele (Śukrācārya); yayau — se foi; purāt — de sua própria residência.

Logo que Śukrācārya ouviu o que aconteceu a Devayānī, sua mente ficou muito angustiada. Condenando a profissão do sacer­dócio e louvando a posição de uñcha-vṛtti [coletar os cereais dos campos], ele se fez acompanhar de sua filha e deixou o lar.

SIGNIFICADO—Ao adotar a profissão de kapota, ou pombo, o brāhmaṇa subsiste coletando cereais do campo. Isso se chama uñcha-vṛtti. O brāhmaṇa que aceita essa profissão de uñcha-vṛtti é tido como exemplar porque depende por completo da misericórdia da Suprema Personalidade de Deus e não mendiga de ninguém. Embora a posição de mendigo seja permitida para um brāhmaṇa ou sannyāsī, se sai melhor quem evita essa posição e simplesmente deixa a Suprema Personalidade de Deus cuidar de sua manutenção. Śukrācārya decerto estava muito sentido pelo fato de que, devido à queixa de sua filha, teria de ir pedir alguma misericórdia ao seu discípulo, o que ele era obrigado a fazer porque aceitara a posição de sacerdócio. No íntimo, Śukrācārya não gostava dessa sua profissão, mas, como a aceitara, ele, mesmo contra a sua vontade, era obrigado a dirigir-se ao seu discí­pulo para retificar a injustiça cometida contra a sua filha.

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