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VERSO 9

taṁ śaśāpa kulācāryaḥ
kṛtāgasam akāmataḥ
na kṣatra-bandhuḥ śūdras tvaṁ
karmaṇā bhavitāmunā

tam — a ele (Pṛṣadhra); śaśāpa — amaldiçoou; kula-ācāryaḥ — o sacerdote da família, Vasiṣṭha; kṛta-āgasam — por cometer o grande pecado de matar uma vaca; akāmataḥ — embora ele não quisesse fazê-lo; na — não; kṣatra-bandhuḥ — o membro familiar de um kṣatriya; śūdraḥ tvam — tu te comportaste como śūdra; karmaṇā — portanto, através da reação à tua atividade fruitiva; bhavitā — te tornarás um śūdra; amunā — porque mataste uma vaca.

Embora Pṛṣadhra tivesse cometido o pecado sem intenção, Vasiṣṭha, o sacerdote de sua família, amaldiçoou-o dizendo: “Em tua próxima vida, não conseguirás tornar-te um kṣatriya, senão que nascerás como um śūdra por teres matado uma vaca.”

SIGNIFICADO—Parece que Vasiṣṭha não estava livre de tamo-guṇa, o modo da ignorância. Como sacerdote ou mestre espiritual da família de Pṛṣadhra, Vasiṣṭha não deveria ter considerado com seriedade a ofensa de Pṛṣadhra. Em vez disso, porém, Vasiṣṭha amaldiçoou-o a tornar-se um śūdra. É dever do sacerdote da família não amaldiçoar seus discípulos; cabe­-lhe procurar aliviá-los através da realização de alguma espécie de expiação. Vasiṣṭha, entretanto, fez exatamente o oposto. Portanto, Śrīla Viśvanātha Cakravartī Ṭhākura diz que ele era durmati, em outras palavras, sua inteligência não era muito boa.

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