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VERSOS 16-17

evam ukto dvijair jyeṣṭhaṁ
chandayām āsa so ’bravīt
tan-mantri-prahitair viprair
vedād vibhraṁśito girā

veda-vādātivādān vai
tadā devo vavarṣa ha
devāpir yogam āsthāya
kalāpa-grāmam āśritaḥ

evam — assim (como acima mencionado); uktaḥ — sendo aconselhado; dvijaiḥ — pelos brāhmaṇas; jyeṣṭham — ao seu irmão mais velho, Devāpi; chandayām āsa — pediu que se encarregasse do reino; saḥ — ­ele (Devāpi); abravīt — disse; tat-mantri — pelo ministro de Śāntanu; prahitaiḥ — instigados; vipraiḥ — pelos brāhmaṇas; vedāt — dos princípios dos Vedas; vibhraṁśitaḥ — caído; girā — com essas palavras; veda-vāda-ativādān — palavras que blasfemam os preceitos védicos; vai — na verdade; tadā — naquele momento; devaḥ — o semideus; va­varṣa — derramou chuva; ha — no passado; devāpiḥ — Devāpi; yogam āsthāya — aceitando o processo de yoga místico; kalāpa-grāmam — a vila conhecida como Kalāpa; āśritaḥ — refugiou-se em (e nela vive até agora).

Quando os brāhmaṇas proferiram esse veredito, Mahārāja Śāntanu foi para a floresta e pediu que seu irmão mais velho, Devāpi, ficasse encarregado do reino, pois é dever do rei manter seus súditos. Anteriormente, entretanto, o ministro de Śāntanu, Aśvavāra, instigara alguns brāhmaṇas a induzir Devāpi a transgredir os preceitos védicos e, com isto, torná-lo indigno de assumir o posto de governante. Os brāhmaṇas fizeram Devāpi desviar-se do caminho dos princípios védicos, e, portanto, quando solicitado por Śāntanu, ele não concordou em aceitar o posto de governante. Ao contrário, blasfemou os princí­pios védicos e, em razão disso, tornou-se um caído. Nessas circunstâncias, Śāntanu voltou a ser o rei, e Indra, estando satisfeito, fez chover. Mais tarde, Devāpi adotou o caminho do yogo místico para controlar sua mente e sentidos e foi até a vila chamada Kalāpagrāma, onde ainda vive.

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