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VERSO 20

vīra-yūthāgraṇīr yena
rāmo ’pi yudhi toṣitaḥ
śāntanor dāsa-kanyāyāṁ
jajñe citrāṅgadaḥ sutaḥ

vīra-yūtha-agraṇīḥ — Bhīṣmadeva, o mais destacado de todos os guerreiros; yena — por quem; rāmaḥ api — mesmo Paraśurāma, a encarnação de Deus; yudhi — uma luta; toṣitaḥ — ficou satisfeito (quando foi derrotado por Bhīṣmadeva); śāntanoḥ — por intermédio de Śāntanu; dāsa-kanyāyām — no ventre de Satyavatī, que era conhecida como a filha de um śūdra; jajñe — nasceu; citrāṅgadaḥ — Citrāṅgada; sutaḥ — um filho.

Bhīṣmadeva foi o mais destacado de todos os guerreiros. Quando derrotou o Senhor Paraśurāma em uma luta, o Senhor Paraśurāma ficou muito satisfeito com ele. Através do sêmen de Śāntanu no ventre de Satyavatī, a filha de um pescador, nasceu Citrāṅgada.

SIGNIFICADO—Satyavatī era de fato a filha que Uparicara Vasu gerou no ventre de uma pescadora conhecida como Matsyagarbhā. Mais tarde, Satya­vatī foi criada por um pescador.

A luta entre Paraśurāma e Bhīṣmadeva diz respeito às três filhas de Kāśīrāja – Ambikā, Ambālikā e Ambā –, que foram raptadas à força por Bhīṣmadeva quando este agia em prol de seu irmão Vicitra­vīrya. Ambā pensou que Bhīṣmadeva ia casar-se com ela e ficou apegada a ele, mas Bhīṣmadeva recusou desposá-la, pois assumira o voto de brahmacarya. Ambā, portanto, foi ter com o mestre es­piritual militar de Bhīṣmadeva, Paraśurāma, que instruiu Bhīṣma a casar-se com ela. Bhīṣmadeva recusou-se, em consequência do que Paraśurāma lutou contra ele para forçá-lo a aceitar o casamento. Mas Paraśurāma foi derrotado, e ficou satisfeito com Bhīṣma.

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