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VERSO 13

yasyeritā sāṅkhyamayī dṛḍheha naur
yayā mumukṣus tarate duratyayam
bhavārṇavaṁ mṛtyu-pathaṁ vipaścitaḥ
parātma-bhūtasya kathaṁ pṛthaṅ-matiḥ

yasya — por quem; īritā — foi explicada; sāṅkhya-mayī — tendo a forma da filosofia que analisa o mundo material (filosofia sāṅkhya); dṛḍhā — muito forte (para libertar as pessoas, tirando-as deste mundo material); iha — neste mundo material; nauḥ — um barco; yayā — no qual; mumukṣuḥ — uma pessoa desejando libertar-se; tarate — pode cruzar; duratyayam — muito difícil de cruzar; bhava-arṇavam — o oceano de ignorância; mṛtyu-patham — uma vida material onde há repetidos nascimentos e mortes; vipaścitaḥ — de uma pessoa erudita; parātma-bhūtasya — que foi elevada à plataforma transcendental; katham — como; pṛthak-matiḥ — um senso de discriminação (entre amigos e inimigos).

Kapila Muni enunciou neste mundo material a filosofia sāṅkhya, que é um forte barco no qual se pode atravessar o oceano de ignorância. Na verdade, as pessoas desejosas de cruzar o oceano do mundo material podem refugiar-se nessa filosofia. Como seme­lhante pessoa altamente erudita, situada na elevada plataforma da transcendência, pode fazer qualquer distinção entre amigo e inimigo?

SIGNIFICADO—Aquele que é promovido à posição transcendental (brahma-bhūta) está sempre jubiloso (prasannātmā). Ele não se deixa afetar pelas falsas distinções entre o que é bom e o que é ruim neste mundo material. Portanto, uma pessoa tão elevada é samaḥ sarveṣu bhūteṣu, isto é, ela é equânime com todos, não fazendo distinções entre amigos e inimigos. Porque está na plataforma absoluta, livre da contaminação mate­rial, ela se chama parātma-bhūta ou brahma-bhūta. Kapila Muni, portanto, não estava irado de modo algum com os filhos de Sagara Mahārāja, senão que eles foram reduzidos a cinzas pelo calor de seus próprios corpos.

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