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VERSO 49

yat tad brahma paraṁ sūkṣmam
aśūnyaṁ śūnya-kalpitam
bhagavān vāsudeveti
yaṁ gṛṇanti hi sātvatāḥ

yat — aquilo que: tat — esse; brahma param — Parabrahman, a Suprema Personalidade de Deus, Kṛṣṇa; sūkṣmam — espiritual, além de todas as concepções materiais; aśūnyam — não impessoal ou vazio; śūnya-kalpitam — imaginado como vazio pelos homens menos inteligentes; bhagavān — a Suprema Personalidade de Deus; vāsudeva — Kṛṣṇa; iti — assim; yam — quem; gṛṇanti — glorificam; hi — na verdade; sātvatāḥ — os devotos puros.

A Suprema Personalidade de Deus, Vāsudeva, Kṛṣṇa, é extrema­mente difícil de ser entendido por homens sem inteligência, que O aceitam como impessoal ou vazio, algo que Ele não é. Portanto, os devotos puros entendem e glorificam o Senhor.

SIGNIFICADO—Como se afirma no Śrīmad-Bhāgavatam (1.2.11):

vadanti tat tattva-vidas
tattvaṁ yaj jñānam advayam
brahmeti paramātmeti
bhagavān iti śabdyate

A Verdade Absoluta é compreendida em três fases – como Brahman, Paramātmā e Bhagavān. Bhagavān é a origem de tudo. Brahman é uma representação parcial de Bhagavān, e Vāsudeva, a Superalma que reside em toda parte e nos corações de todos, também é um as­pecto avançado do processo pelo qual alguém compreende a Suprema Personalidade de Deus. Porém, quando alguém entende a Suprema Personalidade de Deus (vāsudevaḥ sarvam iti), quando ele compreende que Vāsudeva é tanto Paramātmā quanto o Brahman impessoal, ele tem conhecimento perfeito. Kṛṣṇa, portanto, é descrito por Arjuna como paraṁ brahma paraṁ dhāma pavitraṁ paramaṁ bhavān. As palavras paraṁ brahma referem-se ao abrigo do Brahman impessoal e também da Superalma onipenetrante. Quando Kṛṣṇa diz tyaktvā dehaṁ punar janma naiti mām eti, isso significa que, após a compreensão perfeita, o devoto perfeito retorna ao lar, retorna ao Supremo. Mahārāja Khaṭvāṅga aceitou o refúgio da Suprema Personalidade de Deus e, devido à sua plena rendição, alcançou a perfeição.

Neste ponto, encerram-se os Significados Bhaktivedanta do nono canto, nono capítulo, do Śrīmad-Bhāgavatam, intitulado “A Di­nastia de Aṁśumān”.

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