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VERSO 62

tam eva śaraṇaṁ gaccha
sarva-bhāvena bhārata
tat-prasādāt parāṁ śāntiṁ
sthānaṁ prāpsyasi śāśvatam

tam—a Ele; eva—decerto; śaraṇam gaccha—renda-se; sarva-bhāvena—em todos os aspectos; bhārata—ó filho de Bharata; tat-prasādāt—por Sua graça; parām—transcendental; śāntim—paz; sthānam—a morada; prāpsyasi—você obterá; śāśvatam—eterna.

Ó descendente de Bharata, renda-se completamente a Ele. Por Sua graça, você vai obter paz transcendental e a morada suprema
e eterna.

O ser vivo deve, portanto, render-se à Suprema Personalidade de Deus, que está situado nos corações de todos, e isto o aliviará de todas as espécies de misérias encontradas nesta existência material. Com essa rendição, ele não só será liberado de todas as misérias desta vida, mas acabará alcançando o Deus Supremo. O mundo transcendental é descrito na literatura védica (Ṛg Veda 1.22.20) como tad viṣṇoḥ paramaṁ padam. Como toda a criação é o reino de Deus, tudo o que é material é na verdade espiritual, mas paramaṁ padam refere-se especificamente à morada eterna, que é chamada céu espiritual ou Vaikuṇṭha.

No Décimo Quinto Capítulo do Bhagavad-gītā, afirma-se que sarvasya cāhaṁ hṛdi sanniviṣṭaḥ: o Senhor está situado nos corações de todos. Logo, a recomendação de que devemos nos render à Superalma situado internamente quer dizer que devemos nos render à Suprema Personalidade de Deus, Kṛṣṇa. Arjuna já aceitou Kṛṣṇa como o Supremo, chamando-O de paraṁ brahma paraṁ dhāma no Décimo Capítulo. Arjuna aceitou Kṛṣṇa como a Suprema Personalidade de Deus e a morada suprema de todas as entidades vivas não só devido à sua experiência pessoal, mas também devido à evidência fornecida pelas grandes autoridades como Nārada, Asita, Devala e Vyāsa.

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