VERSO 48
naivopayanty apacitiṁ kavayas taveśa
brahmāyuṣāpi kṛtam ṛddha-mudaḥ smarantaḥ
yo ’ntar bahis tanu-bhṛtām aśubhaṁ vidhunvann
ācārya-caittya-vapuṣā sva-gatiṁ vyanakti
na eva — absolutamente não; upayanti — são capazes de expressar; apacitim — a gratidão deles; kavayaḥ — devotos eruditos; tava — Teu; īśa — ó Senhor; brahma-āyuṣā — com uma duração de vida igual à do senhor Brahmā; api — apesar de; kṛtam — trabalho magnânimo; ṛddha — aumentada; mudaḥ — alegria; smarantaḥ — lembrando-se; yaḥ — que; antaḥ — dentro; bahiḥ — fora; tanu-bhṛtām — daqueles que são corporificados; aśubham — infortúnio; vidhunvan — dissipando; ācārya — do mestre espiritual; caittya — da Superalma; vapuṣā — pelas formas; sva — próprio; gatim — caminho; vyanakti — mostra.
“Ó meu Senhor! Poetas transcendentais e entendidos na ciência espiritual não poderiam expressar plenamente a dívida deles para contigo, mesmo que fossem dotados com a prolongada duração de vida de Brahmā, pois Tu apareces sob dois aspectos – externamente como o ācārya e internamente como a Superalma – para liberar o ser vivo corporificado, orientando-o de modo a que possa alcançar-Te.”
SIGNIFICADO—Este verso do Śrīmad-Bhāgavatam (11.29.6) foi falado por Śrī Uddhava após este ouvir de Śrī Kṛṣṇa todas as instruções necessárias sobre yoga.