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VERSO 105

śrī-gopāla bhaṭṭa eka śākhā sarvottama
rūpa-sanātana-saṅge yāṅra prema-ālāpana

śrī-gopāla bhaṭṭa — chamado Śrī Gopāla Bhaṭṭa; eka — um; śākhā — galho; sarva-uttama — muito elevado; rūpa — chamado Rūpa; sanātana — chamado Sanātana; saṅge — companhia; yāṅra — cuja; prema — amor a Deus; ālāpana — discussão.

Śrī Gopāla Bhaṭṭa Gosvāmī, o quadragésimo sétimo galho, foi um dos grandes e elevados galhos da árvore. Ele sempre se dedicava a conversas sobre o amor a Deus na companhia de Rūpa Gosvāmī e Sanātana Gosvāmī.

SIGNIFICADO—Śrī Gopāla Bhaṭṭa Gosvāmī foi o filho de Veṅkaṭa Bhaṭṭa, um habitante de Śrī Raṅgam. Anteriormente, Gopāla Bhaṭṭa pertencia à sucessão discipular do Rāmānuja-sampradāya. Porém, mais tarde, tornou-se parte da sampradāya gauḍīya. No ano de 1433 Śakābda (1511 d.C.), ao viajar pelo sul da Índia, o Senhor Caitanya Mahāprabhu permaneceu durante quatro meses, durante o período de Caturmasya, na casa de Veṅkaṭa Bhaṭṭa, que obteve, então, a oportunidade de servir ao Senhor de todo o seu coração. Gopāla Bhaṭṭa também teve oportunidade de servir ao Senhor nessa época. Śrī Gopāla Bhaṭṭa Gosvāmī mais tarde foi iniciado por seu tio, o grande sannyāsī Prabodhananda Sarasvatī. Tanto o pai quanto a mãe de Gopāla Bhaṭṭa Gosvāmī foram extremamente afortunados, pois dedicaram todas as suas vidas a serviço do Senhor Caitanya Mahāprabhu. Permitiram que Gopāla Bhaṭṭa Gosvāmī fosse para Vṛndāvana, e deixaram esta vida pensando em Śrī Caitanya Mahāprabhu. Quando mais tarde correu a notícia de que Gopāla Bhaṭṭa Gosvāmī fora para Vṛndāvana e encontrara Śrī Rūpa e Sanātana Gosvāmī, o Senhor Caitanya ficou muito satisfeito, e aconselhou Śrī Rūpa e Sanātana a aceitarem Gopāla Bhaṭṭa Gosvāmī como o seu irmão mais novo e tomarem conta dele. Śrī Sanātana Gosvāmī, devido à sua grande afeição por Gopāla Bhaṭṭa Gosvāmī, compilou o smṛti vaiṣṇava chamado Hari-bhakti-vilāsa e publicou-o sob o seu nome. Sob as instruções de Śrī Rūpa e Sanātana, Gopāla Bhaṭṭa Gosvāmī instalou uma das sete Deidades principais de Vṛndāvana, a Deidade de Rādhā-ramaṇa. Os sevaits (sacerdotes) do templo de Rādhā-ramaṇa pertencem à gauḍīya-sampradāya.

Quando Kṛṣṇadāsa Kavirāja Gosvāmī pediu permissão a todos os vaiṣṇavas antes de escrever o Caitanya-caritāmṛta, Gopāla Bhaṭṭa Gosvāmī também lhe deu suas bênçãos, mas pediu-lhe que não mencionasse seu nome no livro. Portanto, Kṛṣṇadāsa Kavirāja Gosvāmī menciona Gopāla Bhaṭṭa Gosvāmī apenas com muita cautela em uma ou duas passagens do Caitanya-caritāmṛta. No início de seu Tattva-sandarbha, Śrīla Jīva Gosvāmī escreve: “Um devoto do sul da Índia que nasceu em família de brāhmaṇas e era amigo muito íntimo de Rūpa Gosvāmī e Sanātana Gosvāmī escreveu um livro sem obedecer à ordem cronológica. Portanto, eu, uma insignificante entidade viva conhecida como Jīva, estou tentando ordenar os eventos do livro cronologicamente, consultando a orientação de grandes personalidades, como Madhvācārya, Śrīdhara Svāmī, Rāmānujācārya e outros antigos vaiṣṇavas na sucessão discipular.” No início do Bhagavat-sandarbha, Śrīla Jīva Gosvāmī faz afirmações semelhantes. Śrīla Gopāla Bhaṭṭa Gosvāmī compilou um livro chamado Sat-kriyāsāra-dīpikā, editou o Hari-bhakti-vilāsa, escreveu um prólogo para o Ṣaṭ-sandarbha e um comentário sobre o Kṛṣṇa-karṇāmṛta, e instalou a Deidade de Rādhā-ramaṇa em Vṛndāvana. No Gaura-gaṇoddeśa-dīpikā (184), menciona-se que seu nome anterior, quando nos passatempos do Senhor Kṛṣṇa, era Anaṅga-mañjarī. Às vezes, também se diz que ele foi uma encarnação de Guṇa-mañjarī. Śrīnivāsa Ācārya e Gopīnātha Pūjārī foram dois de seus discípulos.

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