VERSO 106
śaṅkarāraṇya — ācārya-vṛkṣera eka śākhā
mukunda, kāśīnātha, rudra — upaśākhā lekhā
śaṅkarāraṇya — chamado Śaṅkarāraṇya; ācārya-vṛkṣera — da árvore dos ācāryas; eka — um; śākhā — galho; mukunda — chamado Mukunda; kāśīnātha — chamado Kāśīnātha; rudra — chamado Rudra; upaśākhā lekhā — são conhecidos como galhos secundários.
O ācārya Śaṅkarāraṇya foi considerado o quadragésimo oitavo galho da árvore original. A partir dele, brotaram os galhos secundários conhecidos como Mukunda, Kāśīnātha e Rudra.
SIGNIFICADO—Declara-se que Śaṅkarāraṇya foi o nome de sannyāsa de Śrīla Viśvarūpa, que era o irmão mais velho de Viśvambhara (o nome original de Śrī Caitanya Mahāprabhu). Śaṅkarāraṇya faleceu no ano de 1432 Śakābda (1510 d.C.) em Sholapur, onde há um local de peregrinação conhecido como Pāṇḍarapura. Menciona-se isso na Madhya-līlā, capítulo nove, versos de 299 e 300.
Śrīla Bhaktisiddhānta Sarasvatī Ṭhākura escreve em seu Anubhāṣya: “O Senhor Caitanya Mahāprabhu abriu uma escola primária na casa de Mukunda, ou Mukunda Sañjaya, e o filho de Mukunda, cujo nome era Puruṣottama, tornou-se aluno do Senhor. Kāśīnātha arranjou o casamento do Senhor Caitanya em Seu āśrama anterior, quando Seu nome era Viśvambhara. Ele induziu o paṇḍita da corte, Sanātana, a oferecer sua filha a Viśvambhara. No Gaura-gaṇoddeśa-dīpikā (50), menciona-se que Kāśīnātha foi uma encarnação de Satrājit, que arranjou o casamento de Kṛṣṇa e Satyabhāmā, e menciona-se no verso 135 que Rudra, ou Śrī Rudrarāma Paṇḍita, foi outrora um amigo do Senhor Kṛṣṇa chamado Varūthapa. Śrī Rudrarāma Paṇḍita construiu um grande templo em Vallabhapura, que fica a dois quilômetros ao norte de Māheśa, para as Deidades chamadas Rādhā-vallabha. Os descendentes de seu irmão, Yadunandana Vandyopādhyāya, são conhecidos como Cakravartī Ṭhākuras, e estão encarregados da manutenção desse templo como sevaits. Antigamente, a Deidade de Jagannātha costumava vir ao templo de Rādhā-vallabha de Māheśa durante o festival de Ratha-yātrā, mas, no ano bengali de 1262 [1855 d.C.], devido a um desentendimento entre os sacerdotes dos dois templos, a Deidade de Jagannātha parou de ir.”