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VERSO 29

parameśvara-dāsa — nityānandaika-śaraṇa
kṛṣṇa-bhakti pāya, tāṅre ye kare smaraṇa

parameśvara-dāsa — chamado Parameśvara Dāsa; nityānanda-eka-śaraṇa — rendeu-se inteiramente aos pés de lótus de Nityānanda; kṛṣṇa-bhakti pāya — obtém amor a Kṛṣṇa; tāṅre — a ela; ye — qualquer pessoa; kare — faz; smaraṇa — lembrando-se.

Parameśvara Dāsa, considerado o quinto gopāla da kṛṣṇa-līlā, rendeu-se inteiramente aos pés de lótus de Nityānanda. Qualquer pessoa que se lembre de seu nome, Parameśvara Dāsa, obterá amor a Kṛṣṇa muito facilmente.

SIGNIFICADO—Śrīla Bhaktisiddhānta Sarasvatī Ṭhākura descreve em seu Anubhāṣya: “O Caitanya-bhāgavata afirma que Parameśvara Dāsa, às vezes conhecido como Parameśvarī Dāsa, era a vida e alma de Śrī Nityānanda Prabhu. O corpo de Parameśvara Dāsa era o local dos passatempos do Senhor Nityānanda. Parameśvara Dāsa, que viveu por algum tempo na vila Khaḍadaha, vivia mergulhado no êxtase de um vaqueirinho. Outrora, ele foi Arjuna, um amigo de Kṛṣṇa e Balarāma. Ele foi o quinto entre os doze gopālas. Acompanhou Śrīmatī Jāhnavā-devī quando esta realizou o festival em Khetari. Afirma-se no Bhakti-ratnākara que, por ordem de Śrīmatī Jāhnavā-mātā, ele instalou Rādhā-Gopīnātha no templo em Āṭapura, no distrito de Hugli. A estação de Āṭapura fica na linha férrea de via estreita entre Howrah e Āmatā. Outro templo em Āṭapura, estabelecido pela família Mitra, é conhecido como o templo Rādhā-Govinda. Em frente ao templo, num local muito atrativo, entre duas árvores bakula e uma árvore kadamba, está a tumba de Parameśvarī Ṭhākura, e, acima dela, está um altar com um arbusto de tulasī. Dizem que somente uma flor por ano brota da árvore kadamba. Ela é oferecida à Deidade.”

“Dizem que Parameśvarī Ṭhākura pertencia a uma família vaidya. Um descendente de seu irmão é o atual adorador no templo. Alguns dos membros de sua família ainda residem no distrito de Hugli, próximo ao correio de Caṇḍītalā. Os descendentes de Parameśvarī Ṭhākura aceitaram muitos discípulos oriundos de famílias de brāhmaṇas, mas, como estes descendentes gradualmente adotaram a profissão de médico, pessoas de famílias de brāhmaṇas pararam de tornar-se seus discípulos. Os títulos de família dos descendentes de Parameśvarī são Adhikārī e Gupta. Infelizmente, os membros de sua família não adoram a Deidade diretamente; eles pagam a certos brāhmaṇas para adorarem a Deidade. No templo, Baladeva e Śrī Śrī Rādhā-Gopīnātha estão juntos no trono. Supõe-se que a Deidade de Baladeva foi instalada mais tarde, pois, segundo a doçura do relacionamento transcendental, Baladeva, Kṛṣṇa e Rādhā não podem ficar no mesmo trono. No dia de lua cheia de vaiśākhā (abril-maio), observa-se, nesse templo, o festival em homenagem ao desaparecimento de Parameśvarī Ṭhākura.”

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