No edit permissions for Português

VERSO 102

doṣa-guṇa-vicāra — ei alpa kari’ māni
kavitva-karaṇe śakti, tāṅhā se vākhāni

doṣa-guṇa-vicāra — portanto, criticar a poesia de alguém como boa ou má; ei — isto; alpa — insignificante; kari’ — fazendo; māni — Eu considero; kavitva — criatividade poética; karaṇe — ao executar; śakti — poder; tāṅhā — isto; se — nós; vākhāni — descrevemos.

“Semelhantes erros devem ser considerados insignificantes. Deve-se apenas observar como esses poetas exibem o seu poder poético.”

SIGNIFICADO—O Śrīmad-Bhāgavatam (1.5.11) diz:

tad-vāg-visargo janatāgha-viplavo
yasmin prati-ślokam abaddhavaty api
nāmāny anantasya yaśo ’ṅkitāni yat
śṛṇvanti gāyanti gṛṇanti sādhavaḥ

“Ao explicarem as glórias do Senhor, homens inexperientes talvez componham poemas com muitas falhas, mas, por conterem glorificações ao Senhor, grandes personalidades leem-nas, ouvem-nas e cantam-nas.” A despeito de seus pequenos senões literários, deve-se estudar a poesia com base no mérito de seu tema. Segundo a filosofia vaiṣṇava, qualquer literatura que glorifique o Senhor, seja adequadamente escrita ou não, é de primeira classe. Não é necessário tecer outras considerações. As composições poéticas de Bhavabhūti, ou Śrī Kaṇṭha, incluem Mālatī-mādhava, Uttara-carita, Vīra-carita e muitas outras peças teatrais semelhantes em sânscrito. Esse grande poeta nasceu durante a época de Bhojarāja como o filho de Nīlakaṇṭha, um brāhmaṇa. Kālidāsa floresceu durante a época de Mahārāja Vikramāditya, e tornou-se o poeta do estado. Ele compôs cerca de trinta ou quarenta peças de teatro em sânscrito, incluindo Kumāra-sambhava, Abhijñāna-śakuntalā e Megha-dūta. Sua peça Raghu-vaṁśa é especialmente famosa. Já descrevemos Jayadeva no capítulo treze desta Ādi-līlā.

« Previous Next »