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VERSO 263

bhaṭṭācārya kahe, — ‘bhakti’-sama nahe mukti-phala
bhagavad-bhakti-vimukhera haya daṇḍa kevala

bhaṭṭācārya — Sārvabhauma Bhaṭṭācārya; kahe — disse; bhakti — serviço devocional; sama — igual a; nahe — não; mukti — da liberação; phala — o resultado; bhagavat-bhakti — ao serviço devocional à Suprema Personalidade de Deus; vimukhera — daquele que é avesso a; haya — é; daṇḍa — a punição; kevala — apenas.

Sārvabhauma Bhaṭṭācārya respondeu: “O despertar de amor puro por Deus, que é o resultado do serviço devocional, supera de longe o libertar-se do cativeiro material. Para aqueles que são avessos ao serviço devocional, fundir-se na refulgência Brahman é uma espécie de punição.”

SIGNIFICADO—O Brahmāṇḍa Purāṇa diz:

siddha-lokas tu tamasaḥpāre yatra vasanti hi
siddhā brahma-sukhe magnā
daityāś ca hariṇā hatāḥ

“Em Siddhaloka [Brahmaloka], vivem duas classes de entidades vivas – aquelas que foram mortas pela Suprema Personalidade de Deus por terem sido demônios em suas vidas anteriores e aquelas que gostam muito de desfrutar da refulgência impessoal do Senhor.” A palavra tamasaḥ significa “as coberturas do universo”. Camadas de elementos materiais cobrem o universo, e, do lado de fora dessas coberturas, está a refulgência do Brahman impessoal. Caso alguém esteja fadado a permanecer na refulgência impessoal do Senhor, ele perde a oportunidade de prestar serviço à Personalidade de Deus. Portanto, os devotos consideram que permanecer na refulgência Brahman impessoal é uma espécie de punição. Às vezes, certos devotos pensam em fundir-se na refulgência do Brahman, em consequência do que são promovidos a Siddhaloka. Devido à sua compreensão impessoal, eles são realmente punidos. Sārvabhauma Bhaṭṭācārya continua a explicar a distinção entre mukti-pada e bhakti-pada nos versos seguintes.

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