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VERSO 4

śrī-śuka uvāca
kālindyāṁ kāliyasyāsīd
hradaḥ kaścid viṣāgninā
śrapyamāṇa-payā yasmin
patanty upari-gāḥ khagāḥ

śrī-śukaḥ uvāca — Śrī Śukadeva Gosvāmī disse; kālindyām — dentro do rio Yamunā; kāliyasya — da serpente Kāliya; āsīt — havia; hradaḥ — lago; kaścit — certo; viṣa — de seu veneno; agninā — pelo fogo; śrapyamāṇa — que aquecia e fervia; payāḥ — sua água; yasmin — dentro da qual; patanti — caíam; upari-gāḥ — que passavam por cima; kha­gāḥ — as aves.

Śrī Śukadeva Gosvāmī disse: Dentro do rio Kālindī [Yamunā], havia um lago habitado pela serpente Kāliya, cujo veneno abrasador constantemente aquecia e fervia suas águas. De fato, os vapores assim criados eram tão venenosos que as aves que voavam sobre o lago contaminado caíam dentro dele.

SIGNIFICADOA esse respeito, os ācāryas explicam que o lago de Kāliya estava si­tuado à parte da corrente principal do rio; caso contrário, as águas do Yamunā teriam ficado venenosas até mesmo em cidades como Mathurā e em outros lugares mais distantes.

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