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VERSO 29

dhanyā aho amī ālyo
govindāṅghry-abja-reṇavaḥ
yān brahmeśau ramā devī
dadhur mūrdhny agha-nuttaye

dhanyāḥ — santificadas; aho — ah!; amī — estas; ālyaḥ — ó gopīs; go­vinda — de Govinda; aṅghri-abja — dos pés semelhantes a lótus; reṇa­vaḥ — as partículas de poeira; yān — que; brahmā — o senhor Brahmā; īśau — e o senhor Śiva; ramā devī — Ramādevī, a esposa do Senhor Viṣṇu; dadhuḥ — colocam; mūrdhni — em suas cabeças; agha — de suas reações pecaminosas; nuttaye — para dissipar.

Ó mocinhas! A poeira dos pés de lótus de Govinda é tão sagra­da que até mesmo Brahmā, Śiva e a deusa Ramā colocam essa poeira em suas cabeças para dissipar as reações pecaminosas.

SIGNIFICADO—Śrīla Viśvanātha Cakravartī, citando o śāstra, explica que todos os dias, no fim da tarde, depois que Kṛṣṇa voltava com Seus amigos vaquei­rinhos dos campos de pastagens das vacas, eminentes semideuses como Brahmā e Śiva desciam dos céus e pegavam a poeira de Seus pés.

Grandes personalidades, como a deusa Ramā (esposa de Viṣṇu), Śiva e Brahmā, de modo algum são pecadores. Porém, no êxtase da pura consciência de Kṛṣṇa, eles se sentem caídos e impuros. Portanto, desejando purificarem-se, eles, com muita bem-aventurança, colocam a poeira dos pés de lótus do Senhor sobre suas cabeças.

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