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VERSO 31

imāny adhika-magnāni
padāni vahato vadhūm
gopyaḥ paśyata kṛṣṇasya
bhārākrāntasya kāminaḥ
atrāvaropitā kāntā
puṣpa-hetor mahātmanā

imāni — estas; adhika — muito; magnāni — afundadas; padāni — pegadas; vahataḥ — dEle que estava carregando; vadhūm — Sua consorte; gopyaḥ — ó gopīs; paśyata — vede só; kṛṣṇasya — de Kṛṣṇa; bhāra — pelo peso; ākrāntasya — oprimido; kāminaḥ — luxurioso; atra — neste lugar; avaropitā — colocada no chão; kāntā — a namorada; puṣpa — de (colher) flores; hetoḥ — com o propósito; mahā-ātmanā — pelo inteligentíssimo.

Por favor, observai, minhas queridas gopīs, como as pegadas do luxurioso Kṛṣṇa neste lugar estão mais fundas no chão. Car­regar o peso de Sua amada deve ter sido difícil para Ele. E, neste lugar, aquele menino inteligente deve tê-lA colocado no chão para colher algumas flores.

SIGNIFICADO—A palavra vadhūm indica que, embora não estivesse casado oficialmente com Rādhārāṇī, Śrī Kṛṣṇa de fato A fizera Sua noiva na flo­resta de Vṛndāvana.

Segundo Śrīla Viśvanātha Cakravartī Ṭhākura, as gopīs usam a pa­lavra kāminaḥ nesta passagem para indicar os seguintes pensamentos: “Nós amamos Śrī Kṛṣṇa de verdade, mas, ainda assim, Ele nos rejei­tou. Portanto, Suas relações secretas com Rādhārāṇī provam que este jovem príncipe de Vraja A levou embora devido à luxúria. Se es­tivesse interessado em amor, Ele nos teria aceitado em lugar daquela vaqueirinha Rādhārāṇī.”

Estes pensamentos revelam a postura das gopīs rivais de Śrīmatī Rādhārāṇī. É claro que as gopīs que são aliadas diretas dEla estavam contentíssimas de ver Sua boa fortuna.

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