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VERSO 9

tām ātta-yaṣṭiṁ prasamīkṣya satvaras
tato ’varuhyāpasasāra bhītavat
gopy anvadhāvan na yam āpa yogināṁ
kṣamaṁ praveṣṭuṁ tapaseritaṁ manaḥ

tām — mãe Yaśodā; ātta-yaṣṭim — carregando uma vara em sua mão; prasamīkṣya — Kṛṣṇa, vendo-a naquela atitude; satvaraḥ — bem depressa; tataḥ — dali; avaruhya — descendo; apasasāra — começou a fugir; bhīta-vat — como se estivesse com muito medo; gopī — mãe Yaśodā; anvadhāvat — começou a segui-lO; na — não; yam — a quem; āpa — deixaram de alcançar; yoginām — dos grandes yogīs, místicos; kṣamam — que puderam alcançá-lO; praveṣṭum — tentando entrar na refulgência Brahman ou no Paramātmā; tapasā — com grandes austeridades e penitências; īritam — tentando atingir esse propósito; manaḥ — através da meditação.

Ao ver Sua mãe com uma vara na mão, o Senhor Śrī Kṛṣṇa rapi­damente desceu do topo do pilão e começou a fugir como se estivesse com muito medo. Embora os yogīs tentem capturá-lO como o Paramātmā através da meditação, desejando entrar na refulgência do Senhor após grandes austeridades e penitências, eles não conseguem alcançá-lO. Mas mãe Yaśodā, pensando que a mesma Suprema Personalidade de Deus, Kṛṣṇa, era seu filho, começou a perseguir Kṛṣṇa para agarrá-lO.

SIGNIFICADO—Os yogīs, os místicos, querem alcançar Kṛṣṇa como o Paramātmā, e, após grandes austeridades e penitências, tentam aproximar-se dEle, mas não conseguem. Entretanto, aqui vemos que Kṛṣṇa, prestes a ser capturado por Yaśodā, foge apavorado. Isso ilustra a diferença entre o bhakta e o yogī. Os yogīs não podem alcançar Kṛṣṇa, mas os de­votos puros, como mãe Yaśodā, já capturaram Kṛṣṇa. Kṛṣṇa inclusive tinha medo da vara de mãe Yaśodā. A rainha Kuntī menciona isso em suas orações: bhaya-bhāvanayā sthitasya. (Śrīmad-Bhāgavatam 1.8.31) Kṛṣṇa tem medo de mãe Yaśodā, e os yogīs têm medo de Kṛṣṇa. Os yogīs tentam alcançar Kṛṣṇa através de jñāna-yoga e outros yogas, mas fracassam. No entanto, embora mãe Yaśodā fosse uma mulher, Kṛṣṇa sentia medo dela, como se descreve claramente neste verso.

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