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VERSO 4

na hy alpārthodayas tasya
vidurasyāmalātmanaḥ
tasmin varīyasi praśnaḥ
sādhu-vādopabṛṁhitaḥ

na — nunca; hi — certamente; alpa-artha — pouco sentido (sem importância); udayaḥ — levantadas; tasya — suas; vidurasya — de Vidura; amala-ātmanaḥ — do homem santo; tasmin — nisto; varīyasi — altamente significativas; praśnaḥ — pergunta; sādhu-vāda — coisas aprovadas por santos e sábios; upabṛṁhitaḥ — plenas de.

Ο santo Vidura era um grande devoto puro do Senhor, e, devido a isso, as perguntas que ele fez a Sua Graça Ṛṣi Maitreya devem ter sido muito significativas, no mais alto nível, e aprovadas pelos círculos eruditos.

SIGNIFICADO—As perguntas e respostas entre diferentes classes de homens têm valores diferentes. Não se pode esperar que as perguntas feitas por comerciantes em um intercâmbio comercial sejam altamente significativas em termos de valores espirituais. As perguntas e respostas feitas e dadas por diferentes classes de homens podem ser avaliadas pela qualidade das pessoas que fazem as perguntas e das que dão as respostas. Na Bhagavad-gītā, a conversa aconteceu entre ο Senhor Śrī Kṛṣṇa e Arjuna, a Pessoa Suprema e ο devoto supremo respectivamente. Ο Senhor admitiu que Arjuna era Seu devoto e amigo (Bhagavad-gītā 4.3), em virtude do que qualquer pessoa sensata poderá entender que eles conversaram sobre ο sistema de bhakti-yoga. Na realidade, toda a Bhagavad-gītā baseia-se no princípio de bhakti-yoga. Há uma diferença entre karma e karma-yoga. Karma é a ação regulada na qual ο executor visa gozar dos frutos do trabalho, mas karma-yoga é a ação executada pelo devoto para a satisfação do Senhor. O karma-yoga baseia-se em bhakti, ou na satisfação do Senhor, ao passo que karma baseia-se na satisfação dos sentidos do próprio executor. Segundo ο Śrīmad-Bhāgavatam, somos aconselhados a nos aproximarmos de um mestre espiritual fidedigno quando estamos realmente inclinados a fazer perguntas a partir de um nível elevado de compreensão espiritual. Um homem comum que não tem nenhum interesse nos valores espirituais não precisa se aproximar de um mestre espiritual apenas por uma questão de seguir a moda.

Como estudante, Mahārāja Parīkṣit levava a sério ο aprendizado da ciência de Deus, e Śukadeva Gosvāmī era um mestre espiritual fidedigno da ciência transcendental. Ambos sabiam que os tópicos falados por Vidura e Ṛṣi Maitreya eram elevados, e, por conseguinte, Mahārāja Parīkṣit estava muito interessado em aprender com o mestre espiritual fidedigno.

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