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VERSO 14

yasyānurāga-pluta-hāsa-rāsa-
līlāvaloka-pratilabdha-mānāḥ
vraja-striyo dṛgbhir anupravṛtta-
dhiyo ’vatasthuḥ kila kṛtya-śeṣāḥ

yasya — cujo; anurāga — apego; pluta — aumentado por; hāsa — risos; rāsa — humores; līlā — passatempos; avaloka — olhando; pratilabdha — obtido disso; mānāḥ — angustiadas; vraja-striyaḥ — donzelas de Vraja; dṛgbhiḥ — com os olhos; anupravṛtta — seguindo; dhiyaḥ — com a inteligência; avatasthuḥ — sentavam-se caladas; kila — de fato; kṛtya-śeṣāḥ — sem completar seus afazeres domésticos.

As donzelas de Vraja, após passatempos de risos, humor e troca de olhares, ficavam angustiadas quando Kṛṣṇa as deixava. Elas costumavam segui-lO com os olhos e, deste modo, com a inteligência atordoada, sentavam-se e não conseguiam completar seus afazeres domésticos.

SIGNIFICADO—Em Sua meninice em Vṛndāvana, o Senhor Kṛṣṇa era notório como um amigo traquinas com amor transcendental por todas as meninas de Sua idade. Seu amor por elas era tão intenso que não há nada que se compare a esse êxtase, e as donzelas de Vraja estavam tão apegadas a Ele que sua afeição sobrepujava a afeição dos grandes semideuses, tais como Brahmā e Śiva. O Senhor Kṛṣṇa finalmente admitiu Sua derrota diante da afeição transcendental das gopīs e declarou que era incapaz de retribuir-lhes a sua afeição pura. Embora as gopīs ficassem aparentemente angustiadas com o comportamento traquinas do Senhor, elas não conseguiam tolerar a separação quando Kṛṣṇa as deixava e costumavam segui-lO com os olhos e a mente. Elas ficavam tão atordoadas com a situação que não conseguiam completar seus afazeres domésticos. Ninguém podia superá-lO, nem mesmo na relação de amor intercambiada entre rapazes e moças. É dito nas escrituras reveladas que o Senhor Kṛṣṇa pessoalmente nunca vai além dos limites de Vṛndāvana. Ele permanece ali eternamente por causa do amor transcendental dos habitantes. Assim, embora não seja visível atualmente, Ele não Se ausenta de Vṛndāvana nem mesmo por um instante.

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