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VERSO 6

kardama uvāca
tuṣṭo ’ham adya tava mānavi mānadāyāḥ
śuśrūṣayā paramayā parayā ca bhaktyā
yo dehinām ayam atīva suhṛt sa deho
nāvekṣitaḥ samucitaḥ kṣapituṁ mad-arthe

kardamaḥ uvāca — o grande sábio Kardama disse; tuṣṭaḥ — satisfeito; aham — estou; adya — hoje; tava — contigo; mānavi — ó filha de Manu; māna-dāyāḥ — que é respeitosa; śuśrūṣayā — pelo serviço; paramayā — excelentíssimo; parayā — máximo; ca — e; bhaktyā — pela devoção; yaḥ — aquilo que; dehinām — pelo corporificado; ayam — este; atīva — extremamente; suhṛt — querido; saḥ — este; dehaḥ — corpo; na — não; avekṣitaḥ — tenhas cuidado de; samucitaḥ — apropriadamente; kṣapitum — gastar; mat-arthe — em meu benefício.

Kardama Muni disse: Ó respeitosa filha de Svāyambhuva Manu, hoje estou muitíssimo satisfeito contigo por tua grande devoção e excelentíssimo serviço amoroso. Uma vez que o corpo é tão querido pelos seres vivos corporificados, surpreende-me que tenhas negligenciado teu próprio corpo para usá-lo em meu benefício.

SIGNIFICADO—Indica-se aqui como o corpo é muito querido, mas Devahūti era tão fiel a seu esposo que não apenas o servia com grande devoção, serviço e respeito, como também não se importava com sua própria saúde. Isso se chama serviço desinteressado. Parece que Devahūti não tinha prazer dos sentidos, nem mesmo com o esposo, caso contrário ela não teria deteriorado sua saúde. Agindo para facilitar a ocupação de Kardama Muni em elevação espiritual, ela o auxiliava continuamente, não se importando com o conforto do corpo. É dever da esposa casta e fiel ajudar seu esposo sob todos os aspectos, especialmente quando o esposo está ocupado em consciência de Kṛṣṇa. Neste caso, o esposo também recompensa amplamente a esposa. Isso não é de se esperar por parte de uma mulher que é esposa de um homem comum.

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