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VERSO 21

sañcintayed bhagavataś caraṇāravindaṁ
vajrāṅkuśa-dhvaja-saroruha-lāñchanāḍhyam
uttuṅga-rakta-vilasan-nakha-cakravāla-
jyotsnābhir āhata-mahad-dhṛdayāndhakāram

sañcintayet — deve concentrar-se; bhagavataḥ — do Senhor; caraṇa-aravindam — nos pés de lótus; vajra — raio; aṅkuśa — cajado (bastão para conduzir elefantes); dhvaja — bandeira; saroruha — lótus; lāñchana — marcas; āḍhyam — adornado com; uttuṅga — proeminentes; rakta — vermelhas; vilasat — brilhantes; nakha — unhas; cakravāla — o círculo da Lua; jyotsnābhiḥ — com esplendor; āhata — dissipada; mahat — densa; hṛdaya — do coração; andhakāram — escuridão.

O devoto deve primeiramente concentrar sua mente nos pés de lótus do Senhor, que são adornados com as marcas de um raio, um cajado, uma bandeira e um lótus. O esplendor de suas belas unhas rosadas assemelha-se à órbita da Lua e dissipa a densa escuridão do coração.

SIGNIFICADO—O māyāvādī diz que, por sermos incapazes de fixar a mente na existência impessoal da Verdade Absoluta, podemos imaginar qualquer forma que desejemos e fixar a mente nessa forma imaginária, mas esse processo não é recomendado aqui. Imaginação é sempre imaginação e resulta somente em mais imaginação.

Apresenta-se aqui uma descrição concreta da forma eterna do Senhor. A planta dos pés do Senhor é pintada com traços característicos, semelhantes a um raio, uma bandeira, uma flor de lótus e um cajado. O brilho das unhas de Seus pés, que se destacam por sua refulgência, assemelha-se ao luar. O yogī que contemplar as marcas da planta dos pés do Senhor e o brilho esplêndido de Suas unhas poderá libertar-se da escuridão da ignorância na existência material. A libertação não é alcançada mediante a especulação mental, mas, sim, por se ver a luz que emana das lustrosas unhas dos pés do Senhor. Em outras palavras, primeiramente temos de fixar nossa mente nos pés de lótus do Senhor, caso queiramos livrar-nos da escuridão da ignorância na existência material.

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