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VERSO 42

sarva-bhūteṣu cātmānaṁ
sarva-bhūtāni cātmani
īkṣetānanya-bhāvena
bhūteṣv iva tad-ātmatām

sarva-bhūteṣu — em todas as manifestações; ca — e; ātmānam — a alma; sarva-bhūtāni — todas as manifestações; ca — também; ātmani — no Espírito Supremo; īkṣeta — ele deve ver; ananya-bhāvena — com visão equânime; bhūteṣu — em todas as manifestações; iva — como; tat-ātmatām — a natureza dela própria.

O yogī deve ver a mesma alma em todas as manifestações, pois tudo que existe é manifestação de diferentes energias do Supremo. Dessa maneira, o devoto deve ver todas as entidades vivas sem fazer distinções. Isso é compreensão da Alma Suprema.

SIGNIFICADO—Como se afirma na Brahma-saṁhitā, a Alma Suprema entra, não apenas em todo e cada um dos universos, como também nos átomos. A Alma Suprema está presente em toda parte na fase adormecida, e, quando alguém pode ver a presença da Alma Suprema em toda parte, liberta-se das designações materiais.

A expressão sarva-bhūteṣu deve ser entendida da seguinte maneira. Há quatro diferentes divisões de espécie – entidades vivas que afloram da terra, entidades vivas nascidas da fermentação ou germinação, entidades vivas que surgem de ovos e entidades vivas que nascem do embrião. Essas quatro divisões de entidades vivas expandem-se em 8.400.000 espécies de vida. Uma pessoa que se liberta das designações materiais pode ver a mesma qualidade de espírito presente em toda parte ou em toda entidade viva manifesta. Homens menos inteligentes pensam que as plantas e a grama crescem da terra automaticamente, mas quem é realmente inteligente e compreende o eu pode ver que esse crescimento não é automático; a causa é a alma, e as formas aparecem nos corpos materiais sob diferentes condições. Muitos germes nascem através da fermentação em laboratórios, mas isso se deve à presença da alma. O cientista material pensa que os ovos não têm vida, mas isso não é verdade. A partir da escritura védica, podemos compreender que as entidades vivas sob diferentes formas são geradas sob diferentes condições. Os pássaros desenvolvem-se dentro de ovos, e os quadrúpedes e seres humanos nascem de embriões. A visão perfeita do yogī, ou devoto, é que ele vê a presença da entidade viva em toda a parte.

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