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VERSO 43

sva-yoniṣu yathā jyotir
ekaṁ nānā pratīyate
yonīnāṁ guṇa-vaiṣamyāt
tathātmā prakṛtau sthitaḥ

sva-yoniṣu — em formas de madeira; yathā — assim como; jyotiḥ — fogo; ekam — um; nānā — diferentemente; pratīyate — manifesta-se; yonīnām — de diferentes ventres; guṇa-vaiṣamyāt — das diferentes condições dos modos; tathā — do mesmo modo; ātmā — a alma espiritual; prakṛtau — na natureza material; sthitaḥ — situada.

Assim como o fogo se manifesta em diferentes formas de madeira, do mesmo modo, sob diferentes condições dos modos da natureza material, a alma espiritual pura manifesta-se em diferentes corpos.

SIGNIFICADO—Deve-se entender que o corpo é designado. Prakṛti é uma interação feita pelos três modos da natureza material, e, de acordo com esses modos, alguém tem corpo pequeno e outrem tem corpo muito grande. Por exemplo, o fogo num grande pedaço de madeira parece muito grande, e, num graveto, parece pequeno. Na verdade, a qualidade do fogo é a mesma em toda parte, mas a manifestação da natureza material é tal que, conforme o combustível, o fogo parece maior ou menor. Analogamente, a alma no corpo universal, embora da mesma qualidade, é diferente da alma em um corpo menor.

As pequenas partículas de alma são como centelhas da alma maior. A alma maior é a Superalma, mas a Superalma é quantitativamente diferente da alma diminuta. Na literatura védica, descreve-se a Superalma como a supridora de todas as necessidades da alma menor (nityo nityānām). Aquele que entende esta distinção entre a Superalma e a alma individual está acima da lamentação e numa posição pacífica. Quando a alma menor julga-se quantitativamente tão grande como a alma maior, ela está sob o encanto de māyā, visto que não é essa a sua posição constitucional. Ninguém pode tornar-se a alma maior simplesmente por especulação mental.

No Varāha Purāṇa, descreve-se a pequenez ou grandeza de diferentes almas como svāṁśa-vibhinnāṁśa. A alma svāṁśa é a Suprema Personalidade de Deus, e as almas vibhinnāṁśa, ou partículas diminutas, são eternamente pequenas partículas, como se confirma na Bhagavad-gītā (mamaivāṁśo jīva-loke jīva-bhūtaḥ sanātanaḥ). As pequenas entidades vivas são eternamente partes integrantes e, por isso, não lhes é possível ser quantitativamente tão grandes como a Superalma.

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