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VERSOS 45-46

dravyopalabdhi-sthānasya
dravyekṣāyogyatā yadā
tat pañcatvam ahaṁ-mānād
utpattir dravya-darśanam

yathākṣṇor dravyāvayava-
darśanāyogyatā yadā
tadaiva cakṣuṣo draṣṭur
draṣṭṛtvāyogyatānayoḥ

dravya — dos objetos; upalabdhi — de percepção; sthānasya — do local; dravya — dos objetos; īkṣā — da percepção; ayogyatā — incapacidade; yadā — quando; tat — esta; pañcatvam — morte; aham-mānāt — da falsa concepção de “eu”; utpattiḥ — nascimento; dravya — o corpo físico; darśanam — contemplando; yathā — tal qual; akṣṇoḥ — dos olhos; dravya — dos objetos; avayava — partes; darśana — da visão; ayogyatā — incapacidade; yadā — quando; tadā — então; eva — de fato; cakṣuṣaḥ — do sentido da visão; draṣṭuḥ — do vidente; draṣṭṛtva — da faculdade de ver; ayogyatā — incapacidade; anayoḥ — de ambos esses.

Quando os olhos perdem sua capacidade de ver cor ou forma devido à aflição mórbida do nervo ótico, o sentido da visão se torna insensível. A entidade viva, que é o vidente tanto dos olhos quanto da visão, perde sua capacidade de visão. Da mesma maneira, quando o corpo físico, o local onde ocorre a percepção dos objetos, perde sua capacidade de percepção, isso é conhecido como morte. Quando alguém começa a contemplar o corpo físico como seu próprio eu, isso se chama nascimento.

SIGNIFICADO—Quando alguém diz “eu vejo”, isso significa que ele vê com seus olhos ou com seus óculos; ele vê com o instrumento da visão. Se o instrumento da visão se quebra, ou adoece, ou se torna incapaz de agir, então ele, como o vidente, também para de agir. Analogamente, neste corpo material, no presente momento, a alma viva está agindo, e, quando o corpo material para, devido à sua incapacidade de funcionar, ela também deixa de executar suas atividades reativas. Quando nosso instrumento de ação se quebra e não pode funcionar, isso se chama morte. Novamente, ao obtermos um novo instrumento para a ação, isso se chama nascimento. Esse processo de nascimento e morte acontece a cada momento, pelas constantes transformações do corpo. A transformação final se chama morte, e a aceitação de um novo corpo se chama nascimento. Essa é a solução da questão dos nascimentos e mortes. Na realidade, a entidade viva não tem nascimento nem morte, senão que é eterna. Como se confirma na Bhagavad-gītā, na hanyate hanyamāne śarīre: a entidade viva não morre jamais, mesmo após a morte ou aniquilação deste corpo material.

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