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VERSO 9

yāvat pṛthaktvam idam ātmana indriyārtha-
māyā-balaṁ bhagavato jana īśa paśyet
tāvan na saṁsṛtir asau pratisaṅkrameta
vyarthāpi duḥkha-nivahaṁ vahatī kriyārthā

yāvat — enquanto; pṛthaktvam — separatismo; idam — este; ātmanaḥ — do corpo; indriya-artha — para o gozo dos sentidos; māyā-balam — influência da energia externa; bhagavataḥ — da Personalidade de Deus; janaḥ — uma pessoa; īśa — ó meu Senhor; paśyet — vê; tāvat — enquanto; na — não; saṁsṛtiḥ — a influência da existência material; asau — esta pessoa; pratisaṅkrameta — pode superar; vyarthā api — embora sem sentido; duḥkha-nivaham — sofrimentos múltiplos; vahatī — ocasionando; kriyā-arthā — para as atividades fruitivas.

Ó meu Senhor, os sofrimentos materiais não têm existência concreta para a alma. No entanto, enquanto a alma condicionada pensa que o corpo está destinado ao gozo dos sentidos, ela não é capaz de se livrar do enredamento dos sofrimentos materiais, por estar influenciada por Vossa energia externa.

SIGNIFICADO—A verdadeira dificuldade da entidade viva na existência material é que ela tem um conceito independente de vida. Ela é sempre dependente das leis do Senhor Supremo, tanto no estado condicionado quanto no liberado, mas, pela influência da energia externa, a alma condicionada julga-se independente da supremacia da Personalidade de Deus. Sua posição constitucional é ajustar-se ao desejo da vontade suprema, mas, enquanto não o fizer, continuará sendo arrastada pelos grilhões do cativeiro material. Como se declara na Bhagavad-gītā (2.55), prajahāti yadā kāmān sarvān pārtha mano-gatān: é preciso renunciar a todos os tipos de planos fabricados pela invenção mental. A entidade viva tem que se ajustar à vontade suprema. Isso irá ajudá-la a livrar-se do enredamento da existência material.

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